Parte 10 – Decisão

Parte 10 – Decisão

“Enfim ela decidira me falar a verdade que escondia por trás de sua pele alva”.

Sutilmente entramos na residência dos Priesly, peguei Ale no colo e a carreguei até o quarto onde a deixei na cama, dormindo tranquilamente.Fechei a porta cautelosamente e me assustei com a presença fantasmagórica de Soraya me fitando com seus olhos agora, esmeraldas.
Ela me puxou com força e disse:
-Não sabe como isso é difícil para mim, ter você aqui... Porta a porta e não poder... Espero que me entenda!
-Claro que eu te entendo, a sua irmã... – fui interrompido.
-Não é por causa dela, outro fator me impede dessa convivência com você e com todos de certa forma,quando eu estiver totalmente apta para conviver, tenho certeza de que você não escapará!
-Escapará, por acaso sou algum tipo de presa?
-Tchau!
Cada um foi para o seu quarto e eu passei a noite pensando o que seria esse “fator”. Ela estava doente?Uma doença transmissível? Eu sabia que a Raiva era transmitida por mordidas de morcego ou cães, talvez fosse isso, e se fosse algo sobrenatural? Bem, aí eu deixaria o caso dela ser desvendado pelos irmãos Winchester de Supernatural. Pensei tanto que dormi, e isso não era novidade, estava exausto de tantas falas que se repetiam na minha cabeça.
Na manhã seguinte, acordei com os gritos da senhora Priesly vindos do quarto de Soraya.
-Jorge, Jorge! A Soso está gelada como pode? Filha, acorde, fale comigo! Você está congelada e pálida! – disse a Senhora Priesly tateando o corpo da filha.
Ale me empurrou para dentro do quarto da irmã, onde Miranda cobria a filha com milhares de cobertas e Soraya gemia algumas palavras desconexas.
O senhor Priesly já havia saído, pois ele era gerente de uma empresa de biocombustível de muita influência na economia do país. Enfim, Soraya acordou.
-Querida, o que aconteceu? Parece que você teve hipotermia nessa madrugada!- disse Miranda pegando um termômetro e balançando-o.
-Eu estou bem!Deixem-me em paz! –reclamou Soraya jogando uma almofada na porta onde eu e Ale estávamos.
-Você não está boa!Que olheiras roxas são essas?Filha vou levá-la ao doutor Costa Angeli! – disse a senhora Priesly calmamente colocando a mão na testa da filha.
-Não irei á porcaria nenhuma de médico, estou ótima e essas olheiras devem ser por causa da balada de ontem!-reclamou mais uma vez afastando a mão de sua mãe.
Se aquela cena tivesse uma trilha sonora, sem dúvida seria a música Rehab da Amy Winehouse que completaria esse “jogo” entre mãe e filha.
-Soso, a mamãe tem razão... Vamos ao médico! –disse Ale apoiando sua mãe.
-Eu sei que vocês querem, acham que eu estou louca!Me internarão na primeira “bigorna” que encontrarem!Quero falar com esse infeliz do Wendryck, só ele me entende ou entenderá, tanto faz!Agora vocês duas sumam da minha frente antes que eu quebre tudo!
Miranda e Alessandra saíram do quarto nos deixando a sós. Soraya pediu para que eu trancasse a porta e sentasse em sua cama. Obedeci, eu jamais desobedeceria as ordens de uma garota problemática, ainda mais se ela estivesse nervosa.Seriam aquelas síndromes de tensão pré-menstrual? Sei lá, garotas quando estão nessa fase ficam com os nervos á flor da pele, e para isso existem aquelas revistas femininas para ensinar as garotas como lidar com os ânimos.
Soraya não fazia o tipo daquelas que lêem revistas “teens”. Os olhos verdes, hoje pareciam marrons, ela não fazia a Capitu. Talvez fosse pior do que a pobre Capitu, mais dissimulada do que a mulher que foi julgada pelo esposo.
-Não sei por onde começar, eu preciso te confessar algo que não posso mais guardar... E que já está evidente... -ela me disse, me olhando profundamente como em um exame de retinografia.
Se estava tão evidente assim, por que eu ainda não havia adivinhado? Eu nunca fui bom em adivinhações, todas as minhas suposições eram fantasiosas demais para a realidade. Mas, alguém pode afirmar que todo esse amor não extravasava os campos reais?

Parte 9 – Na Pista


Parte 09 – Na pista
Por que ela era tão perigosa? Eu queria descobrir o motivo de tanto ‘mantenha distância’”.



            Depois de muitas danças, Ale me deixou sozinho na pista para comprar bebida, segundo ela era para eu guardar lugar, mesmo sendo impossível ficar parado naquela pista e com aquela quantidade de pessoas.
            Eram tantas pessoas que esbarrei em uma garota sem querer,quando arrumei os meus óculos no rosto, vi que era nada mais e nada menos que Soraya.
            -Tá me olhando assim por quê?Eu sou absoluta!-disse ela, colocando uma mão sobre o meu ombro direito e me encarando. -Você não contou nada á ela sobre a cena do banheiro né? Apesar de que não rolou nada, porque você é muito fraco para mim!
            Uma lei de boa convivência astróloga diz que nunca deve irritar ou subestimar um taurino. Ele pode tomar atitudes inesperadas e precipitadas. Naquele momento o DJ anunciou que iria começar uma “sessão flashback” com os grandes sucessos do passado. Começou com Linger, por que Linger? Tantas músicas e o DJ escolheu justo essa?E bem agora que eu estava perto dela?Somente para dar mais ênfase a esse momento.
            Soraya me fitou com os seus olhos de gata, e eu já estava nervoso com tantos insultos, me aproximei dela e aconteceu o inevitável. Ficamos estáticos durante um bom tempo da música, ela se aproximou da minha orelha e disse:
            -Eu já te disse que eu sou perigosa!Para quê insistir, garoto!Esse simples ato pode colocar tudo a perder!Um dia você entenderá agora se afaste de mim, porque a Alessandra está vindo aí!
            Pisquei os olhos e Soraya já havia desaparecido e na minha frente estava a deslumbrante Alessandra.
            -Que cara é essa?Parece que viu um vampiro carniceiro!Quem estava aqui?Eu juro que vi alguém conversar com você!-perguntou Alessandra me entregando uma lata de energético.
            -Sua irmã veio falar que pagou mais caro no convite hoje!-Eu respondi mentir não seria o melhor caminho a ser seguido, apesar de mentira não ser o meu ponto forte, mas isso protegeria Alessandra que não merecia tanta confusão.
            -Ok!Bem feito!Ouça está tocando “I´ve had the time of my life”, a mesma música que tocou quando você chegou aqui em Curitiba!Vamos dançar!-ela me disse, me puxando mais uma vez.
            A música era boa e a presença de Alessandra também. Mas, eu não entendia os motivos que existiam para que eu me afastasse de Soraya. E o que poderia colocar tudo a perder?Um beijo?Minha orelha?Eu não sabia, mas prometi para mim mesmo que iria descobrir todo o mistério que envolvia a minha “ex-bebê”.
            Dancei com Ale a noite toda, bem a madrugada toda para ser mais específico. Eram cinco da manhã quando Soraya veio em seu tom ríspido nos avisar que iríamos embora. Acompanhamo-la até o carro e assim seguimos para a residência dos Prieslys.
            Dessa vez o rádio não foi ligado, mas o olhar ameaçador permanecera no retrovisor o tempo todo. Ale dormiu no banco e Soraya sibilava algo, mas eu não entendia. Quando chegamos á garagem, ela me disse:
            -Carregue a sua namoradinha antes que ela acorde passe mal e ainda vomite no meu carpete lindo!
         

Parte 08 – Medusa

Parte 08 – Medusa

"Como poder recuperar o teu amor, como tirar a tristeza do meu coração, se meu mundo só gira por você?”

E quando tudo parecia uma louca aventura, ela me disse:
-Eu não posso fazer isso!Não se aproxime de mim, eu sou perigosa e você não tem noção do perigo que posso representar a você e á todos!

-Isso eu já sei! Você sempre tentando ser a “Blair”! Qual é você sabe que a máscara de malvada não combina com você!Pare de tentar ser quem você não é, e caia na real, você está perdendo muito com isso!Mas, tem razão eu não posso fazer isso, Ale é muito boa para mim!- eu respondi, soltando seus pulsos.
“A White demon Love song”. Eu abri a porta e a deixei sair, mas o seu perfume adocicado pairava sobre todo o banheiro. Fui para o meu quarto, me troquei e ainda faltavam cinco minutos para a meia-noite quando saí.
Ale estava maravilhosa. Usava uma mini-preta, uma blusa roxa cheia de paetês, nos lábios carnudos um batom vermelho, bem sedutor. Deu-me um beijo e foi para o carro, me puxando. A senhora Priesly perguntou a Soraya se ela também ia à Medusa, e a resposta dela foi:
-Acho que não, ainda quero ler alguns livros nessa madrugada!A Jess me chamou para sair também, mas não sei!Se a Sabry quiser...
Jess, ou melhor, Jéssica era a sua melhor amiga. Eu sabia que Soraya contava tudo á ela, desde quando nos conhecemos naquele natal. Jessica sabia todas as opiniões da Priesly mais velha e talvez soubesse mais de mim do que eu dela.
-Divirtam-se!-disse a senhora Priesly fechando a enorme porta de madeira. Entramos no carro, o silêncio foi interrompido quando Soraya colocou o seu cd da Lady Gaga no último volume. Ale reclamou, mas a irmã nem notou. O som servia para evitar qualquer comentário ou conversa no que em uma tradução mais ampla, significaria “não fale comigo”.
-Chegamos! –disse Ale apontando uma boate.
O neon verde escrito Medusa piscava como se estivesse com mau contato. Havia muitas pessoas na fila para comprar o convite. Dava para perceber dois canhões de luz na entrada, iluminando o céu. E já podia ouvir a música que tocava na pista, era Sexy Bitch do DJ David Guetta.
-Tem certeza de que não vai entrar Soraya? –perguntou Ale.
-Não!Não quero!-respondeu a Priesly mais velha com o seu rancor tradicional, encostando-se no vidro fechado.
-Mas, está tocando a sua música, Sexy Bitch!- Ale disse, tentando convencer a irmã a nos acompanhar.
-Se eu sou uma bitch, você é bitchinha!-disse Soraya, ligando o carro.
-Olha quem está na fila! Jess e a Sabry! –disse Ale apontando uma garota de cabelos lisos e castanhos.
-Querem saber?Eu vou entrar na Medusa hoje!- disse Soraya trancando o carro e me lançando um olhar ameaçador como se fosse uma caçadora na floresta.
-Ok! Mas, terá que ficar na fila para comprar o convite!Enquanto eu e o Wend já temos os nossos!Isso que dá ser tão indecisa!-disse Ale esnobando a irmã.
Ale me puxou pela gola da camisa e entramos na Medusa. O lugar estava cheio de gente, a pista era enorme com pisos em xadrez. Fomos para a pista, a música era agitada. Depois de alguns minutos já pude perceber que Soraya estava dentro da boate. Seus olhos verdes pareciam emitir raios lasers pela pista. Eu pressentia que aquela noite poderia ser o inicio de algo que não havia terminado.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Parte 10 – Decisão

Parte 10 – Decisão

“Enfim ela decidira me falar a verdade que escondia por trás de sua pele alva”.

Sutilmente entramos na residência dos Priesly, peguei Ale no colo e a carreguei até o quarto onde a deixei na cama, dormindo tranquilamente.Fechei a porta cautelosamente e me assustei com a presença fantasmagórica de Soraya me fitando com seus olhos agora, esmeraldas.
Ela me puxou com força e disse:
-Não sabe como isso é difícil para mim, ter você aqui... Porta a porta e não poder... Espero que me entenda!
-Claro que eu te entendo, a sua irmã... – fui interrompido.
-Não é por causa dela, outro fator me impede dessa convivência com você e com todos de certa forma,quando eu estiver totalmente apta para conviver, tenho certeza de que você não escapará!
-Escapará, por acaso sou algum tipo de presa?
-Tchau!
Cada um foi para o seu quarto e eu passei a noite pensando o que seria esse “fator”. Ela estava doente?Uma doença transmissível? Eu sabia que a Raiva era transmitida por mordidas de morcego ou cães, talvez fosse isso, e se fosse algo sobrenatural? Bem, aí eu deixaria o caso dela ser desvendado pelos irmãos Winchester de Supernatural. Pensei tanto que dormi, e isso não era novidade, estava exausto de tantas falas que se repetiam na minha cabeça.
Na manhã seguinte, acordei com os gritos da senhora Priesly vindos do quarto de Soraya.
-Jorge, Jorge! A Soso está gelada como pode? Filha, acorde, fale comigo! Você está congelada e pálida! – disse a Senhora Priesly tateando o corpo da filha.
Ale me empurrou para dentro do quarto da irmã, onde Miranda cobria a filha com milhares de cobertas e Soraya gemia algumas palavras desconexas.
O senhor Priesly já havia saído, pois ele era gerente de uma empresa de biocombustível de muita influência na economia do país. Enfim, Soraya acordou.
-Querida, o que aconteceu? Parece que você teve hipotermia nessa madrugada!- disse Miranda pegando um termômetro e balançando-o.
-Eu estou bem!Deixem-me em paz! –reclamou Soraya jogando uma almofada na porta onde eu e Ale estávamos.
-Você não está boa!Que olheiras roxas são essas?Filha vou levá-la ao doutor Costa Angeli! – disse a senhora Priesly calmamente colocando a mão na testa da filha.
-Não irei á porcaria nenhuma de médico, estou ótima e essas olheiras devem ser por causa da balada de ontem!-reclamou mais uma vez afastando a mão de sua mãe.
Se aquela cena tivesse uma trilha sonora, sem dúvida seria a música Rehab da Amy Winehouse que completaria esse “jogo” entre mãe e filha.
-Soso, a mamãe tem razão... Vamos ao médico! –disse Ale apoiando sua mãe.
-Eu sei que vocês querem, acham que eu estou louca!Me internarão na primeira “bigorna” que encontrarem!Quero falar com esse infeliz do Wendryck, só ele me entende ou entenderá, tanto faz!Agora vocês duas sumam da minha frente antes que eu quebre tudo!
Miranda e Alessandra saíram do quarto nos deixando a sós. Soraya pediu para que eu trancasse a porta e sentasse em sua cama. Obedeci, eu jamais desobedeceria as ordens de uma garota problemática, ainda mais se ela estivesse nervosa.Seriam aquelas síndromes de tensão pré-menstrual? Sei lá, garotas quando estão nessa fase ficam com os nervos á flor da pele, e para isso existem aquelas revistas femininas para ensinar as garotas como lidar com os ânimos.
Soraya não fazia o tipo daquelas que lêem revistas “teens”. Os olhos verdes, hoje pareciam marrons, ela não fazia a Capitu. Talvez fosse pior do que a pobre Capitu, mais dissimulada do que a mulher que foi julgada pelo esposo.
-Não sei por onde começar, eu preciso te confessar algo que não posso mais guardar... E que já está evidente... -ela me disse, me olhando profundamente como em um exame de retinografia.
Se estava tão evidente assim, por que eu ainda não havia adivinhado? Eu nunca fui bom em adivinhações, todas as minhas suposições eram fantasiosas demais para a realidade. Mas, alguém pode afirmar que todo esse amor não extravasava os campos reais?

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Parte 9 – Na Pista


Parte 09 – Na pista
Por que ela era tão perigosa? Eu queria descobrir o motivo de tanto ‘mantenha distância’”.



            Depois de muitas danças, Ale me deixou sozinho na pista para comprar bebida, segundo ela era para eu guardar lugar, mesmo sendo impossível ficar parado naquela pista e com aquela quantidade de pessoas.
            Eram tantas pessoas que esbarrei em uma garota sem querer,quando arrumei os meus óculos no rosto, vi que era nada mais e nada menos que Soraya.
            -Tá me olhando assim por quê?Eu sou absoluta!-disse ela, colocando uma mão sobre o meu ombro direito e me encarando. -Você não contou nada á ela sobre a cena do banheiro né? Apesar de que não rolou nada, porque você é muito fraco para mim!
            Uma lei de boa convivência astróloga diz que nunca deve irritar ou subestimar um taurino. Ele pode tomar atitudes inesperadas e precipitadas. Naquele momento o DJ anunciou que iria começar uma “sessão flashback” com os grandes sucessos do passado. Começou com Linger, por que Linger? Tantas músicas e o DJ escolheu justo essa?E bem agora que eu estava perto dela?Somente para dar mais ênfase a esse momento.
            Soraya me fitou com os seus olhos de gata, e eu já estava nervoso com tantos insultos, me aproximei dela e aconteceu o inevitável. Ficamos estáticos durante um bom tempo da música, ela se aproximou da minha orelha e disse:
            -Eu já te disse que eu sou perigosa!Para quê insistir, garoto!Esse simples ato pode colocar tudo a perder!Um dia você entenderá agora se afaste de mim, porque a Alessandra está vindo aí!
            Pisquei os olhos e Soraya já havia desaparecido e na minha frente estava a deslumbrante Alessandra.
            -Que cara é essa?Parece que viu um vampiro carniceiro!Quem estava aqui?Eu juro que vi alguém conversar com você!-perguntou Alessandra me entregando uma lata de energético.
            -Sua irmã veio falar que pagou mais caro no convite hoje!-Eu respondi mentir não seria o melhor caminho a ser seguido, apesar de mentira não ser o meu ponto forte, mas isso protegeria Alessandra que não merecia tanta confusão.
            -Ok!Bem feito!Ouça está tocando “I´ve had the time of my life”, a mesma música que tocou quando você chegou aqui em Curitiba!Vamos dançar!-ela me disse, me puxando mais uma vez.
            A música era boa e a presença de Alessandra também. Mas, eu não entendia os motivos que existiam para que eu me afastasse de Soraya. E o que poderia colocar tudo a perder?Um beijo?Minha orelha?Eu não sabia, mas prometi para mim mesmo que iria descobrir todo o mistério que envolvia a minha “ex-bebê”.
            Dancei com Ale a noite toda, bem a madrugada toda para ser mais específico. Eram cinco da manhã quando Soraya veio em seu tom ríspido nos avisar que iríamos embora. Acompanhamo-la até o carro e assim seguimos para a residência dos Prieslys.
            Dessa vez o rádio não foi ligado, mas o olhar ameaçador permanecera no retrovisor o tempo todo. Ale dormiu no banco e Soraya sibilava algo, mas eu não entendia. Quando chegamos á garagem, ela me disse:
            -Carregue a sua namoradinha antes que ela acorde passe mal e ainda vomite no meu carpete lindo!
         

domingo, 27 de junho de 2010

Parte 08 – Medusa

Parte 08 – Medusa

"Como poder recuperar o teu amor, como tirar a tristeza do meu coração, se meu mundo só gira por você?”

E quando tudo parecia uma louca aventura, ela me disse:
-Eu não posso fazer isso!Não se aproxime de mim, eu sou perigosa e você não tem noção do perigo que posso representar a você e á todos!

-Isso eu já sei! Você sempre tentando ser a “Blair”! Qual é você sabe que a máscara de malvada não combina com você!Pare de tentar ser quem você não é, e caia na real, você está perdendo muito com isso!Mas, tem razão eu não posso fazer isso, Ale é muito boa para mim!- eu respondi, soltando seus pulsos.
“A White demon Love song”. Eu abri a porta e a deixei sair, mas o seu perfume adocicado pairava sobre todo o banheiro. Fui para o meu quarto, me troquei e ainda faltavam cinco minutos para a meia-noite quando saí.
Ale estava maravilhosa. Usava uma mini-preta, uma blusa roxa cheia de paetês, nos lábios carnudos um batom vermelho, bem sedutor. Deu-me um beijo e foi para o carro, me puxando. A senhora Priesly perguntou a Soraya se ela também ia à Medusa, e a resposta dela foi:
-Acho que não, ainda quero ler alguns livros nessa madrugada!A Jess me chamou para sair também, mas não sei!Se a Sabry quiser...
Jess, ou melhor, Jéssica era a sua melhor amiga. Eu sabia que Soraya contava tudo á ela, desde quando nos conhecemos naquele natal. Jessica sabia todas as opiniões da Priesly mais velha e talvez soubesse mais de mim do que eu dela.
-Divirtam-se!-disse a senhora Priesly fechando a enorme porta de madeira. Entramos no carro, o silêncio foi interrompido quando Soraya colocou o seu cd da Lady Gaga no último volume. Ale reclamou, mas a irmã nem notou. O som servia para evitar qualquer comentário ou conversa no que em uma tradução mais ampla, significaria “não fale comigo”.
-Chegamos! –disse Ale apontando uma boate.
O neon verde escrito Medusa piscava como se estivesse com mau contato. Havia muitas pessoas na fila para comprar o convite. Dava para perceber dois canhões de luz na entrada, iluminando o céu. E já podia ouvir a música que tocava na pista, era Sexy Bitch do DJ David Guetta.
-Tem certeza de que não vai entrar Soraya? –perguntou Ale.
-Não!Não quero!-respondeu a Priesly mais velha com o seu rancor tradicional, encostando-se no vidro fechado.
-Mas, está tocando a sua música, Sexy Bitch!- Ale disse, tentando convencer a irmã a nos acompanhar.
-Se eu sou uma bitch, você é bitchinha!-disse Soraya, ligando o carro.
-Olha quem está na fila! Jess e a Sabry! –disse Ale apontando uma garota de cabelos lisos e castanhos.
-Querem saber?Eu vou entrar na Medusa hoje!- disse Soraya trancando o carro e me lançando um olhar ameaçador como se fosse uma caçadora na floresta.
-Ok! Mas, terá que ficar na fila para comprar o convite!Enquanto eu e o Wend já temos os nossos!Isso que dá ser tão indecisa!-disse Ale esnobando a irmã.
Ale me puxou pela gola da camisa e entramos na Medusa. O lugar estava cheio de gente, a pista era enorme com pisos em xadrez. Fomos para a pista, a música era agitada. Depois de alguns minutos já pude perceber que Soraya estava dentro da boate. Seus olhos verdes pareciam emitir raios lasers pela pista. Eu pressentia que aquela noite poderia ser o inicio de algo que não havia terminado.

Conversación


GIRLSPT.COM - Cursores Animados
g
Wendryck Wonka,webnovelista & designer. Tecnologia do Blogger.