Parte 03- Provocações
O
 meu melhor amigo na internet era o Fábio Assunção, ele não era o ator global, mas era muito legal. Jogava como Téo no RPG. Talvez, eu não devesse confiar tanto em quem eu não conhecia. Depois de um tempo,quando percebi que a minha relação com Soraya estava entediante, contei á ele e descobri que Fábio havia lançado suas propostas para a minha “bebê”.
Tudo era virtual, eu sabia muito bem disso, mas parecia tão real que acabei me irritando facilmente com muito ciúme. Soraya não respondia mais as minhas expectativas, parecia estar mudada, muito irritada. Fábio utilizava de perguntas para enfim descobrir se havia possibilidades com ela, no fundo eu sabia que ela o ignorava e que havia voltado a falar com o tal ex, o Curitibano.
Ela conseguia me provocar, irritar, tudo e as perguntas de Fábio só ajudavam e fortaleciam sua estupidez. Já não tinha mais dúvidas sobre o seu comportamento vil e maléfico, era vingativa. ”Se eu pudesse te apagar de mim e nunca mais lembrar cada verso que escrevi e que me fazia acreditar.”
Tomei uma atitude que poderia ser a solução para os meus problemas virtuais. A exclui do meu Orkut, MSN, bloqueei, ou seja, tomei todas as medidas para me isolar dessa que se transformou na minha tormenta. Talvez ela fosse o meu “carma” como os indianos dizem. De uma coisa não posso negar jamais, era Taurino e todo Taurino é bastante ciumento e até um pouco possessivo.
Aos poucos, as conversas com Alessandra, ou melhor, Ale me traziam conforto, carinho e alegria, tudo que perdi com a mudança repentina de Soraya. Ela não aprovava as atitudes bobas da irmã, me contava as opiniões e comentários sobre mim que a “hermana” lhe contava. Fiquei espantado quando me disse que Soraya me achava infantil demais para ela e que já estava cansada de bancar a minha psicóloga. “Your heart is black as night”.No meu aniversário de 18 anos, não recebi nenhuma mensagem ou recado daquela que um dia eu amei, ou amava?.
Para evitar situações futuras, contei á Fábio que ele deveria “desencanar”, pois Soraya faria o mesmo com ele, além disso, ela só o estava usando como motivo de provocações, assim como fez comigo para o seu ex, de existência duvidosa.
Seis meses se passaram desde o ultimato. Ale me disse que me amava no fundo eu ainda gostava daquela que me fazia voar nas profundezas da minha imaginação e que me prometeu guardar minhas cartas embaixo do travesseiro mesmo que se casasse com outro homem. Eu já estava na faculdade e vivia num ótimo momento de crescimento, descobertas e motivações.
Por um lado, eu não poderia enganar Alessandra, porém ela me ajudaria a apagar de uma vez por todas Soraya Priesly, uma erva - daninha em meio de meu campo imaginário. Então, disse a Ale que a amava também.
Geralmente, eu não paro para refletir as minhas ações, só penso nas conseqüências quando elas já estão existentes. Minha relação com Alessandra era divertida, muito engraçada, mas faltava digamos que a “cola, o grude” que eu tinha com Soraya, todo aquele lirismo, aquela troca de afetos que nos fazia sentir próximos e as preocupações com o outro, o que me deixava mais retraído e me fazia sentir que eu me entregava mais nesse relacionamento do que ela. Mas, eu sabia que a comparação com a irmã nunca daria certo, eu tinha que me contentar para não causar danos maiores.
Tudo corria perfeitamente bem que eu nem me importava mais se tudo estava certo ou errado. Eu vigiava o Twitter de Soraya e sabia que era recíproco quando ela respondia as minhas indiretas e ironias com muita raiva em suas palavras digitadas. De certa forma, isso me mostrava que o que eu fazia e escrevia a afetava, afinal o “amor platônico” dela estava com sua irmã agora.
Ale me contou que havia falado com Soraya sobre o nosso relacionamento virtual, e que a irmã havia quebrado um vaso, de tanta raiva que sentiu. Falou-me também que ela estava mais estranha do que antes e mal comia, seus olhos verdes estavam cada vez mais escuros. Seria minha culpa?ou havia algo a mais a ser revelado?
COMENTEM!
;D



✖My Blood✖Image✖




 





Parte 02- Cartas


Parte 02- Cartas

“Eu sabia que ela não era tão boa quanto parecia, mas eu estava hipnotizado.”
Soraya tocava teclado, e uma vez me mostrou uma foto em que usava uma camiseta rosa e tocava o instrumento. Um dia, recebi a proposta que encaminharia o meu futuro ou acabaria com ele. Ela queria o meu endereço para me enviar um cd com todas as músicas já gravadas do grupo “The Cranberries”, do qual “Linger” era a nossa música tema. Confesso que no princípio fiquei receoso, mas ela me disse que não iria me seqüestrar ou algo do tipo, eu já estava apaixonado e não resisti, o nosso amor era incrível mesmo sendo completamente impossível.
     Após algumas semanas, recebi um enorme envelope branco que continha um cd gravado no formato mp3, junto com uma carta, escrita em folhas de fichário do “Smilinguido”. Nela já havia planos sobre o casamento de Mia e Diego no RPG e dizia que me adorava e considerava o nosso “encontro virtual”, algo mágico. 
     Eu sempre acreditei no destino, porém não acreditava que o meu “primeiro amor virtual” me levasse tão longe. O Paraná me esperava algum dia. Um amor platônico, envolvendo dois jovens de estados diferentes, climas diferentes, ligados por uma rede, chamada internet e agora por cartas. Acho que o nosso amor pelo RBD e as músicas do grupo influenciavam na nossa paixão. Ela era perfeita, além de linda, me compreendia e isto era algo recíproco. A magia que nos unia surgiu no Natal, porém não sabíamos se esta poderia ser fatal. Começamos a planejar os nossos futuros, jurando que aquele amor todo, fosse eterno, talvez não fosse. Resolvi responder a carta dela. 
Nossos encontros sempre aconteciam aos finais de semana, talvez os dias mais esperados. Pude ouvir a voz dela duas vezes, era mágica como tudo, linda, apesar de que o meu microfone a distorcia um pouco. 
De uma coisa eu tinha plena certeza, nos amávamos e algo tão especial assim não seria perdido, seria eterno apesar de todas as circunstâncias. Nunca parei para pensar que tudo não passaria de uma loucura adolescente e que eu poderia me decepcionar com ela e vice-versa. 
Decepção? Esta palavra estava excluída do meu dicionário, Soraya não era uma paixão, era um vício incontrolável que havia chegado para ficar. Eu poderia estar hipnotizado ou algo parecido, mas a garota cujo nome tinha seis letras era magnífica. 
Tanta magnitude e demonstração de carinho diminuiu ou aumentou quando eu conheci melhor a sua irmã, Alessandra. Dois anos mais nova do que a minha Priesly, morena e cover da Maite, gostava de música assim como a irmã. Ela não tinha olhos verdes como a minha princesa, mas tinha uma simpatia e um alto-astral contagiante junto com a sua beleza. 
Minha “relação” com Soraya não havia sido abalada, mas eu percebia que algo mudara. Ela parecia mais “fria”, “seca”, “áspera” em suas palavras e demonstrava ser calculista em suas ações. Seria ciúme da irmã? Eu acreditava que não, pois minha relação com Alessandra era como “cunhados virtuais”. Uma vez no MSN, Priesly me disse: 
-Você sabe muito bem que eu não sou boa! 
Automaticamente eu me lembrei da música da Amy Winehouse, adorava essa cantora. Mesmo assim, eu continuei o meu relacionamento com a “estranha Soraya”, mas eu ainda não fazia idéia do futuro.


Parte 01- Á Primeira Vista


Parte 01- Á Primeira Vista

Era dia de Natal, talvez a melhor época para começar a planejar o ano novo, momento em que as pessoas se mostram mais sensíveis, amáveis e abertas para novas propostas. Eu tinha 16 anos, e neste ano não passaria o Natal com minha família, aproveitei a ocasião para entrar na internet.
No Orkut encontrei uma comunidade cujo nome era: ”Eu jogo RPG de Rebelde”, como o site em que eu jogava estava já havia algum tempo desatualizado, entrei no fórum da comunidade e encontrei um tópico feito por um garoto chamado Rafael, cuja foto era o Bart Simpson maquiado igual aos integrantes do grupo de rock, Kiss.
Não pensei duas vezes e me cadastrei como o personagem Diego Bustamante, e comecei a jogar. O primeiro lugar onde “postei”, um vocábulo muito utilizado no jogo foi o depósito. Depois descobri que haveria uma viagem em um cruzeiro para os personagens. Eu não sabia, mas bastaria um “click” para que a minha vida transformasse completamente.
Comecei a interagir com uma personagem, a única presente naquela noite de Natal, talvez ela fosse o meu presente, Mia Colucci. Após conversas descobri que o RPG era novo e que ela havia terminado com outro cara no RPG chamado “Rota RBD”. Ficamos conversando e depois de um tempo eu pedi o “MSN” da garota. Então, o assunto migrou do surreal para a realidade, o nome da garota que jogava era Soraya Priesly. Ela tinha uma irmã, Alessandra, que também jogava no fórum como a personagem Roberta Pardo.
Percebi na foto, ela era uma garota de cabelos castanhos, cacheados, olhos verdes como se fossem duas esmeraldas, usava uma camiseta preta e parecia estar deitada em uma cama. Ela me contou que os seus pais já estavam dormindo, sua irmã havia saído com algumas amigas e que ela estava com insônia.
Já era madrugada quando em um impulso fiz com que o meu personagem beijasse a dela no fórum. Talvez, aquilo fosse o maior erro já que eu não sabia e nem imaginava as conseqüências que isso me traria.
No ano novo, passamos juntos conectados. Durante a contagem regressiva, derrubei a taça de champanhe na mesa do computador, foi muita sorte não ter dado um curto circuito nos fios, contei a ela o ocorrido. Após esse dia, a nossa amizade foi crescendo e ela considerou que éramos já “amigos coloridos”. Trocávamos confidências e oferecíamos o que estávamos comendo ou bebendo ao outro pelo MSN, e conseqüentemente a troca de afetos dos personagens passou para a vida real. O elo se transformou de Mia e Diego apara Soraya e Wendryck, seria o destino?
Fomos nos envolvendo cada vez mais, sem pensar no risco que não conhecíamos a pessoa a quem dizíamos amar.Mas, o meu primeiro obstáculo era a distância, ela era do Paraná e eu de São Paulo.O segundo era que o cara com quem ela manteve um relacionamento em outro RPG, começou a ter ataques e crises existenciais no jogo.Seu objetivo era transformar a situação desagradável e nos deixar irritados,mas por enquanto ele não havia conseguido.
Descobri que ele morava em Curitiba, a mesma cidade que ela.Achei estranho, o fato de que eles nunca haviam marcado um encontro e mantiveram por tanto tempo uma relação virtual.Este fator me fazia duvidar da existência dele,e a não levar em consideração suas provocações diárias.Se eu quisesse permanecer “a salvo”, não deveria investigar profundamente as vidas dos outros.
  

Espero que gostem e que comentem! ;D

✖My Blood✖


My Blood





“Eu nunca pensei que a garota da foto, cujos olhos
eram verdes como duas esmeraldas pudesse me 
enlouquecer de tal forma”


My Blood


My Blood

Escrita por Wendryck Firmo


domingo, 31 de janeiro de 2010


Parte 03- Provocações
O
 meu melhor amigo na internet era o Fábio Assunção, ele não era o ator global, mas era muito legal. Jogava como Téo no RPG. Talvez, eu não devesse confiar tanto em quem eu não conhecia. Depois de um tempo,quando percebi que a minha relação com Soraya estava entediante, contei á ele e descobri que Fábio havia lançado suas propostas para a minha “bebê”.
Tudo era virtual, eu sabia muito bem disso, mas parecia tão real que acabei me irritando facilmente com muito ciúme. Soraya não respondia mais as minhas expectativas, parecia estar mudada, muito irritada. Fábio utilizava de perguntas para enfim descobrir se havia possibilidades com ela, no fundo eu sabia que ela o ignorava e que havia voltado a falar com o tal ex, o Curitibano.
Ela conseguia me provocar, irritar, tudo e as perguntas de Fábio só ajudavam e fortaleciam sua estupidez. Já não tinha mais dúvidas sobre o seu comportamento vil e maléfico, era vingativa. ”Se eu pudesse te apagar de mim e nunca mais lembrar cada verso que escrevi e que me fazia acreditar.”
Tomei uma atitude que poderia ser a solução para os meus problemas virtuais. A exclui do meu Orkut, MSN, bloqueei, ou seja, tomei todas as medidas para me isolar dessa que se transformou na minha tormenta. Talvez ela fosse o meu “carma” como os indianos dizem. De uma coisa não posso negar jamais, era Taurino e todo Taurino é bastante ciumento e até um pouco possessivo.
Aos poucos, as conversas com Alessandra, ou melhor, Ale me traziam conforto, carinho e alegria, tudo que perdi com a mudança repentina de Soraya. Ela não aprovava as atitudes bobas da irmã, me contava as opiniões e comentários sobre mim que a “hermana” lhe contava. Fiquei espantado quando me disse que Soraya me achava infantil demais para ela e que já estava cansada de bancar a minha psicóloga. “Your heart is black as night”.No meu aniversário de 18 anos, não recebi nenhuma mensagem ou recado daquela que um dia eu amei, ou amava?.
Para evitar situações futuras, contei á Fábio que ele deveria “desencanar”, pois Soraya faria o mesmo com ele, além disso, ela só o estava usando como motivo de provocações, assim como fez comigo para o seu ex, de existência duvidosa.
Seis meses se passaram desde o ultimato. Ale me disse que me amava no fundo eu ainda gostava daquela que me fazia voar nas profundezas da minha imaginação e que me prometeu guardar minhas cartas embaixo do travesseiro mesmo que se casasse com outro homem. Eu já estava na faculdade e vivia num ótimo momento de crescimento, descobertas e motivações.
Por um lado, eu não poderia enganar Alessandra, porém ela me ajudaria a apagar de uma vez por todas Soraya Priesly, uma erva - daninha em meio de meu campo imaginário. Então, disse a Ale que a amava também.
Geralmente, eu não paro para refletir as minhas ações, só penso nas conseqüências quando elas já estão existentes. Minha relação com Alessandra era divertida, muito engraçada, mas faltava digamos que a “cola, o grude” que eu tinha com Soraya, todo aquele lirismo, aquela troca de afetos que nos fazia sentir próximos e as preocupações com o outro, o que me deixava mais retraído e me fazia sentir que eu me entregava mais nesse relacionamento do que ela. Mas, eu sabia que a comparação com a irmã nunca daria certo, eu tinha que me contentar para não causar danos maiores.
Tudo corria perfeitamente bem que eu nem me importava mais se tudo estava certo ou errado. Eu vigiava o Twitter de Soraya e sabia que era recíproco quando ela respondia as minhas indiretas e ironias com muita raiva em suas palavras digitadas. De certa forma, isso me mostrava que o que eu fazia e escrevia a afetava, afinal o “amor platônico” dela estava com sua irmã agora.
Ale me contou que havia falado com Soraya sobre o nosso relacionamento virtual, e que a irmã havia quebrado um vaso, de tanta raiva que sentiu. Falou-me também que ela estava mais estranha do que antes e mal comia, seus olhos verdes estavam cada vez mais escuros. Seria minha culpa?ou havia algo a mais a ser revelado?
COMENTEM!
;D



segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

✖My Blood✖Image✖




 





Parte 02- Cartas


Parte 02- Cartas

“Eu sabia que ela não era tão boa quanto parecia, mas eu estava hipnotizado.”
Soraya tocava teclado, e uma vez me mostrou uma foto em que usava uma camiseta rosa e tocava o instrumento. Um dia, recebi a proposta que encaminharia o meu futuro ou acabaria com ele. Ela queria o meu endereço para me enviar um cd com todas as músicas já gravadas do grupo “The Cranberries”, do qual “Linger” era a nossa música tema. Confesso que no princípio fiquei receoso, mas ela me disse que não iria me seqüestrar ou algo do tipo, eu já estava apaixonado e não resisti, o nosso amor era incrível mesmo sendo completamente impossível.
     Após algumas semanas, recebi um enorme envelope branco que continha um cd gravado no formato mp3, junto com uma carta, escrita em folhas de fichário do “Smilinguido”. Nela já havia planos sobre o casamento de Mia e Diego no RPG e dizia que me adorava e considerava o nosso “encontro virtual”, algo mágico. 
     Eu sempre acreditei no destino, porém não acreditava que o meu “primeiro amor virtual” me levasse tão longe. O Paraná me esperava algum dia. Um amor platônico, envolvendo dois jovens de estados diferentes, climas diferentes, ligados por uma rede, chamada internet e agora por cartas. Acho que o nosso amor pelo RBD e as músicas do grupo influenciavam na nossa paixão. Ela era perfeita, além de linda, me compreendia e isto era algo recíproco. A magia que nos unia surgiu no Natal, porém não sabíamos se esta poderia ser fatal. Começamos a planejar os nossos futuros, jurando que aquele amor todo, fosse eterno, talvez não fosse. Resolvi responder a carta dela. 
Nossos encontros sempre aconteciam aos finais de semana, talvez os dias mais esperados. Pude ouvir a voz dela duas vezes, era mágica como tudo, linda, apesar de que o meu microfone a distorcia um pouco. 
De uma coisa eu tinha plena certeza, nos amávamos e algo tão especial assim não seria perdido, seria eterno apesar de todas as circunstâncias. Nunca parei para pensar que tudo não passaria de uma loucura adolescente e que eu poderia me decepcionar com ela e vice-versa. 
Decepção? Esta palavra estava excluída do meu dicionário, Soraya não era uma paixão, era um vício incontrolável que havia chegado para ficar. Eu poderia estar hipnotizado ou algo parecido, mas a garota cujo nome tinha seis letras era magnífica. 
Tanta magnitude e demonstração de carinho diminuiu ou aumentou quando eu conheci melhor a sua irmã, Alessandra. Dois anos mais nova do que a minha Priesly, morena e cover da Maite, gostava de música assim como a irmã. Ela não tinha olhos verdes como a minha princesa, mas tinha uma simpatia e um alto-astral contagiante junto com a sua beleza. 
Minha “relação” com Soraya não havia sido abalada, mas eu percebia que algo mudara. Ela parecia mais “fria”, “seca”, “áspera” em suas palavras e demonstrava ser calculista em suas ações. Seria ciúme da irmã? Eu acreditava que não, pois minha relação com Alessandra era como “cunhados virtuais”. Uma vez no MSN, Priesly me disse: 
-Você sabe muito bem que eu não sou boa! 
Automaticamente eu me lembrei da música da Amy Winehouse, adorava essa cantora. Mesmo assim, eu continuei o meu relacionamento com a “estranha Soraya”, mas eu ainda não fazia idéia do futuro.


domingo, 24 de janeiro de 2010

Parte 01- Á Primeira Vista


Parte 01- Á Primeira Vista

Era dia de Natal, talvez a melhor época para começar a planejar o ano novo, momento em que as pessoas se mostram mais sensíveis, amáveis e abertas para novas propostas. Eu tinha 16 anos, e neste ano não passaria o Natal com minha família, aproveitei a ocasião para entrar na internet.
No Orkut encontrei uma comunidade cujo nome era: ”Eu jogo RPG de Rebelde”, como o site em que eu jogava estava já havia algum tempo desatualizado, entrei no fórum da comunidade e encontrei um tópico feito por um garoto chamado Rafael, cuja foto era o Bart Simpson maquiado igual aos integrantes do grupo de rock, Kiss.
Não pensei duas vezes e me cadastrei como o personagem Diego Bustamante, e comecei a jogar. O primeiro lugar onde “postei”, um vocábulo muito utilizado no jogo foi o depósito. Depois descobri que haveria uma viagem em um cruzeiro para os personagens. Eu não sabia, mas bastaria um “click” para que a minha vida transformasse completamente.
Comecei a interagir com uma personagem, a única presente naquela noite de Natal, talvez ela fosse o meu presente, Mia Colucci. Após conversas descobri que o RPG era novo e que ela havia terminado com outro cara no RPG chamado “Rota RBD”. Ficamos conversando e depois de um tempo eu pedi o “MSN” da garota. Então, o assunto migrou do surreal para a realidade, o nome da garota que jogava era Soraya Priesly. Ela tinha uma irmã, Alessandra, que também jogava no fórum como a personagem Roberta Pardo.
Percebi na foto, ela era uma garota de cabelos castanhos, cacheados, olhos verdes como se fossem duas esmeraldas, usava uma camiseta preta e parecia estar deitada em uma cama. Ela me contou que os seus pais já estavam dormindo, sua irmã havia saído com algumas amigas e que ela estava com insônia.
Já era madrugada quando em um impulso fiz com que o meu personagem beijasse a dela no fórum. Talvez, aquilo fosse o maior erro já que eu não sabia e nem imaginava as conseqüências que isso me traria.
No ano novo, passamos juntos conectados. Durante a contagem regressiva, derrubei a taça de champanhe na mesa do computador, foi muita sorte não ter dado um curto circuito nos fios, contei a ela o ocorrido. Após esse dia, a nossa amizade foi crescendo e ela considerou que éramos já “amigos coloridos”. Trocávamos confidências e oferecíamos o que estávamos comendo ou bebendo ao outro pelo MSN, e conseqüentemente a troca de afetos dos personagens passou para a vida real. O elo se transformou de Mia e Diego apara Soraya e Wendryck, seria o destino?
Fomos nos envolvendo cada vez mais, sem pensar no risco que não conhecíamos a pessoa a quem dizíamos amar.Mas, o meu primeiro obstáculo era a distância, ela era do Paraná e eu de São Paulo.O segundo era que o cara com quem ela manteve um relacionamento em outro RPG, começou a ter ataques e crises existenciais no jogo.Seu objetivo era transformar a situação desagradável e nos deixar irritados,mas por enquanto ele não havia conseguido.
Descobri que ele morava em Curitiba, a mesma cidade que ela.Achei estranho, o fato de que eles nunca haviam marcado um encontro e mantiveram por tanto tempo uma relação virtual.Este fator me fazia duvidar da existência dele,e a não levar em consideração suas provocações diárias.Se eu quisesse permanecer “a salvo”, não deveria investigar profundamente as vidas dos outros.
  

Espero que gostem e que comentem! ;D

✖My Blood✖


My Blood





“Eu nunca pensei que a garota da foto, cujos olhos
eram verdes como duas esmeraldas pudesse me 
enlouquecer de tal forma”


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

My Blood


My Blood

Escrita por Wendryck Firmo


Conversación


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Wendryck Wonka,webnovelista & designer. Tecnologia do Blogger.