Parte 02- Cartas


Parte 02- Cartas

“Eu sabia que ela não era tão boa quanto parecia, mas eu estava hipnotizado.”
Soraya tocava teclado, e uma vez me mostrou uma foto em que usava uma camiseta rosa e tocava o instrumento. Um dia, recebi a proposta que encaminharia o meu futuro ou acabaria com ele. Ela queria o meu endereço para me enviar um cd com todas as músicas já gravadas do grupo “The Cranberries”, do qual “Linger” era a nossa música tema. Confesso que no princípio fiquei receoso, mas ela me disse que não iria me seqüestrar ou algo do tipo, eu já estava apaixonado e não resisti, o nosso amor era incrível mesmo sendo completamente impossível.
     Após algumas semanas, recebi um enorme envelope branco que continha um cd gravado no formato mp3, junto com uma carta, escrita em folhas de fichário do “Smilinguido”. Nela já havia planos sobre o casamento de Mia e Diego no RPG e dizia que me adorava e considerava o nosso “encontro virtual”, algo mágico. 
     Eu sempre acreditei no destino, porém não acreditava que o meu “primeiro amor virtual” me levasse tão longe. O Paraná me esperava algum dia. Um amor platônico, envolvendo dois jovens de estados diferentes, climas diferentes, ligados por uma rede, chamada internet e agora por cartas. Acho que o nosso amor pelo RBD e as músicas do grupo influenciavam na nossa paixão. Ela era perfeita, além de linda, me compreendia e isto era algo recíproco. A magia que nos unia surgiu no Natal, porém não sabíamos se esta poderia ser fatal. Começamos a planejar os nossos futuros, jurando que aquele amor todo, fosse eterno, talvez não fosse. Resolvi responder a carta dela. 
Nossos encontros sempre aconteciam aos finais de semana, talvez os dias mais esperados. Pude ouvir a voz dela duas vezes, era mágica como tudo, linda, apesar de que o meu microfone a distorcia um pouco. 
De uma coisa eu tinha plena certeza, nos amávamos e algo tão especial assim não seria perdido, seria eterno apesar de todas as circunstâncias. Nunca parei para pensar que tudo não passaria de uma loucura adolescente e que eu poderia me decepcionar com ela e vice-versa. 
Decepção? Esta palavra estava excluída do meu dicionário, Soraya não era uma paixão, era um vício incontrolável que havia chegado para ficar. Eu poderia estar hipnotizado ou algo parecido, mas a garota cujo nome tinha seis letras era magnífica. 
Tanta magnitude e demonstração de carinho diminuiu ou aumentou quando eu conheci melhor a sua irmã, Alessandra. Dois anos mais nova do que a minha Priesly, morena e cover da Maite, gostava de música assim como a irmã. Ela não tinha olhos verdes como a minha princesa, mas tinha uma simpatia e um alto-astral contagiante junto com a sua beleza. 
Minha “relação” com Soraya não havia sido abalada, mas eu percebia que algo mudara. Ela parecia mais “fria”, “seca”, “áspera” em suas palavras e demonstrava ser calculista em suas ações. Seria ciúme da irmã? Eu acreditava que não, pois minha relação com Alessandra era como “cunhados virtuais”. Uma vez no MSN, Priesly me disse: 
-Você sabe muito bem que eu não sou boa! 
Automaticamente eu me lembrei da música da Amy Winehouse, adorava essa cantora. Mesmo assim, eu continuei o meu relacionamento com a “estranha Soraya”, mas eu ainda não fazia idéia do futuro.


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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Parte 02- Cartas


Parte 02- Cartas

“Eu sabia que ela não era tão boa quanto parecia, mas eu estava hipnotizado.”
Soraya tocava teclado, e uma vez me mostrou uma foto em que usava uma camiseta rosa e tocava o instrumento. Um dia, recebi a proposta que encaminharia o meu futuro ou acabaria com ele. Ela queria o meu endereço para me enviar um cd com todas as músicas já gravadas do grupo “The Cranberries”, do qual “Linger” era a nossa música tema. Confesso que no princípio fiquei receoso, mas ela me disse que não iria me seqüestrar ou algo do tipo, eu já estava apaixonado e não resisti, o nosso amor era incrível mesmo sendo completamente impossível.
     Após algumas semanas, recebi um enorme envelope branco que continha um cd gravado no formato mp3, junto com uma carta, escrita em folhas de fichário do “Smilinguido”. Nela já havia planos sobre o casamento de Mia e Diego no RPG e dizia que me adorava e considerava o nosso “encontro virtual”, algo mágico. 
     Eu sempre acreditei no destino, porém não acreditava que o meu “primeiro amor virtual” me levasse tão longe. O Paraná me esperava algum dia. Um amor platônico, envolvendo dois jovens de estados diferentes, climas diferentes, ligados por uma rede, chamada internet e agora por cartas. Acho que o nosso amor pelo RBD e as músicas do grupo influenciavam na nossa paixão. Ela era perfeita, além de linda, me compreendia e isto era algo recíproco. A magia que nos unia surgiu no Natal, porém não sabíamos se esta poderia ser fatal. Começamos a planejar os nossos futuros, jurando que aquele amor todo, fosse eterno, talvez não fosse. Resolvi responder a carta dela. 
Nossos encontros sempre aconteciam aos finais de semana, talvez os dias mais esperados. Pude ouvir a voz dela duas vezes, era mágica como tudo, linda, apesar de que o meu microfone a distorcia um pouco. 
De uma coisa eu tinha plena certeza, nos amávamos e algo tão especial assim não seria perdido, seria eterno apesar de todas as circunstâncias. Nunca parei para pensar que tudo não passaria de uma loucura adolescente e que eu poderia me decepcionar com ela e vice-versa. 
Decepção? Esta palavra estava excluída do meu dicionário, Soraya não era uma paixão, era um vício incontrolável que havia chegado para ficar. Eu poderia estar hipnotizado ou algo parecido, mas a garota cujo nome tinha seis letras era magnífica. 
Tanta magnitude e demonstração de carinho diminuiu ou aumentou quando eu conheci melhor a sua irmã, Alessandra. Dois anos mais nova do que a minha Priesly, morena e cover da Maite, gostava de música assim como a irmã. Ela não tinha olhos verdes como a minha princesa, mas tinha uma simpatia e um alto-astral contagiante junto com a sua beleza. 
Minha “relação” com Soraya não havia sido abalada, mas eu percebia que algo mudara. Ela parecia mais “fria”, “seca”, “áspera” em suas palavras e demonstrava ser calculista em suas ações. Seria ciúme da irmã? Eu acreditava que não, pois minha relação com Alessandra era como “cunhados virtuais”. Uma vez no MSN, Priesly me disse: 
-Você sabe muito bem que eu não sou boa! 
Automaticamente eu me lembrei da música da Amy Winehouse, adorava essa cantora. Mesmo assim, eu continuei o meu relacionamento com a “estranha Soraya”, mas eu ainda não fazia idéia do futuro.


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