Capítulo 13- Fatos


Capítulo 13- Fatos
“Não era o que eu queria ouvir, não era quem eu gostaria de ver, não precisava ouvir seus argumentos para descobrir que ainda sentia a sua falta.”
S
oraya me contou sobre a irmã e como Lucy havia aparecido em sua vida. A garota era simplesmente a ex-namorada do Cleverson, sim, caro leitor, o “filho do esperto”, quando ele a transformou em vampira, e a pobre garota fugiu aterrorizada encontrando-se com Soraya e refugiando-se na casa da minha ex-namorada. Agora, Cleverson descobrira onde a ex-namorada estava abrigada e começou a ameaçar a família de Soraya.
-Então, eu pensei que aqui contigo, a guria estaria segura, ele jamais voltará a te procurar, pois sabe muito bem que entre nós dois não há mais nada!
-Como sempre você é tão esperta, mas só me mete nas mais ardilosas enrascadas!
-Cuide bem da Lucy, ela já está bem treinada e quase adaptada ao novo corpo! Eu preciso voltar ao Paraná!
-Que ótimo! Você deveria trabalhar nos Correios já que possui tanta disposição e ânimo para realizar tarefas e entregar encomendas inesperadas!
-Você ainda não perdeu esse senso de humor!
-Deve ser porque você só me faz de palhaço!
-Eu preciso ir... Até breve!
-Veio voando? Onde deixou a vassoura?
-Tonto! – ela correu para a escuridão, me deixando com cara de bobo.
Voltei para a festa que estava muito animada e barulhenta por sinal. Dava para perceber que eu não demonstrava toda a felicidade do início. Lucy estava se enturmando com Flávio e Bruna, e percebi que Jefferson estava sentado em um banco, segurando uma taça de vinho como um vampiro protege o sangue de sua presa.
Não me resta mais dúvidas de que seu amor já acabou, dói mas já terminou. É difícil, mas devo assimilar que te perdi e agora te vejo partir. Problemas, vampiros e confusões... por mais que eu fugisse deles, eles sempre apareciam em minha vida. Talvez a última cartada deles era a minha morte ou minha loucura.
Luciane ou Lucy era morena, tinha cabelos lisos, olhos castanhos, algumas covinhas e era bem comunicativa e expansiva. Não parava de falar um segundo, nem parecia com aqueles vampiros melancólicos que um dia tive contato.
Na festa todos dançavam “ Why don’t you love me?” da Beyoncé. Fui desviando dos dançarinos e cheguei perto da pessoa mais importante na festa para mim: Andressa, o meu atual foco e o caminho para esquecer Soraya de uma vez por todas.
Ela me olhou com seu rosto alvo como uma boneca de porcelana, deu um sorriso, pegou na minha mão direita e me puxou para a pista. Pensei em resistir, mas era impossível e já não me importava mais se eu sabia ou não dançar.
Dancei olhando para a boca que queria beijar, os reflexos em seus olhos me faziam enxergar além desta vida. Não sabia se dançava como um desajeitado, a companhia me bastava. A música mudou para “If I had you” do Adam Lambert e em segundos, a pista parecia dançar a “ dança do acasalamento”.
Minha mente transfigurou muitas coisas, cenas, momentos, estava prestes a jogar tudo para o ar e recomeçar a história. Meu pescoço foi se inclinando aos poucos, suas mãos tocaram a minha cintura, os olhos se fecharam e as bocas trataram de se encontrar. Mas, eu conseguiria beijá-la?

Capítulo 12 – Passado


Capítulo 12 – Passado
“Você era a última pessoa que eu desejava ver nesta noite, não entendia o quanto esse dia representava para mim?”
F
ui guiado até a beira da enorme piscina azul que refletia a lua cheia em sua totalidade. Observei as mãos e fui direcionando o meu olhar para os braços, o colo, o pescoço, e quando enxerguei o rosto, percebi quem estava na minha frente. Dava para ouvir Secrets do One Republic tocando na pista de dança.
-Chocado em me ver? – a pessoa perguntou.
-Não esperava encontrar um ectoplasma, ninguém me avisou que a festa era de Halloween!
-Até quando considerará que eu morri?
-Você morreu pra mim, e ponto final! – tentei desviar o olhar daqueles olhos brilhantes refletindo ansiedade e prazer.
-Não pode continuar me tratando assim, com toda essa indiferença! – a pessoa insistiu.
-É o mínimo que você merece!
-Quem são aquelas pessoas que vieram com você?
-Por que quer saber? Não te devo satisfações de com quem ando ou do que eu faço!
-Você está gostando de uma daquelas gurias?
-O que isso te importa?
-Você nunca amará ninguém como me ama!
-Francamente, eu não te amo e nem te amei!
-Pare de ser criança, pelo menos por um momento, fomos feitos um para o outro!
-Por que você está aqui? Veio me matar e depois fugir?
-Deveria fazer isso, talvez morto você não será tão estúpido. Estou aqui, porque tenho problemas.
-Só agora descobriu que é uma pessoa problemática? Além disso, só me procura quando está com problemas!
-Vai me ajudar?
-Se for para você sumir daqui e de uma vez da minha vida, eu posso pensar!
-Admita que ainda me ama, pelo menos!
-Vai me falar o que quer? Voltarei para a festa!
-Só um minuto, venha cá! – outra figura saiu detrás de uma enorme árvore.
-Noite do terror ou hora do horror?
-Wend, esta é a Lucy! Uma recém-adaptada!
-Oi! – disse a garota nova com um singelo sorriso.
-E o que eu tenho com isso? –perguntei.
-Preciso que cuide e a proteja! Cleverson está atrás dela, e pensei que com você, dificilmente ele a encontrará!
-Mais uma vez, você me arrumando problemas!
-Faça por mim, faça pelo nosso amor!
-Cala a boca, Soraya! – eu disse com raiva.
-O que está acontecendo aqui? – perguntou Flávio. – Bem, eu ouvi tudo! Wendryck, por que não quer proteger a menina?
-Eu..eu... – fiquei sem palavras...
-Olha, amiga do Wendryck, se quiser, eu posso te abrigar aqui na minha chácara, tenho certeza que Cleverson nenhum irá te encontrar!
Meu corpo tremia. Soraya deu um sorriso agradecendo. Eu não contaria à ele, que uma vampira recém-adaptada estava prestes a ser a mais nova moradora da chácara. Ele também não precisava saber de onde eu conhecia Soraya, nem como ela foi parar na festa, porque isso nem eu sabia.
-Poderia abrigar a minha amiga aqui então? – Soraya perguntou buscando uma confirmação.
-Claro! Se é amiga do Wendryck e tem problemas, então é minha amiga também! – ele respondeu.
-Tem certeza? – perguntei, duvidando de que aquilo fosse acontecer.
-Claro! – ele respondeu e foi levando Lucy para a pista de dança com os demais convidados.
Fiquei a sós com Soraya, ela me devia muitas explicações e sobre como o destino nos havia unido mais uma vez.

Capítulo 11 – Festa


Capítulo 11 – Festa
“Era a hora de chegar até ela e dizer o quanto era o meu interesse em ter aquele sorriso ao meu lado, para sempre”
Vamos mudar o destino juntos, me busque e chegaremos ao ponto final. O futuro hoje e você me completa, preciso da sua voz para falar ao mundo o quanto te amo, e o quanto somos felizes. Os sonhos não morrem a música também não, portanto eu farei a minha sinfonia do amor.
O grande dia havia chegado, a festa na chácara do Flávio. Estava tão ansioso que o relógio era o meu maior rival naquele dia. Conversei com o Fábio no MSN e depois fui escolher a roupa que vestiria.
Bruna buzinou, e saí correndo de casa, batendo o portão com força e saltando para o I30 dela. Cumprimentei-a e demonstrei estar muito empolgado, o que sem dúvida gerava perguntas da cabeça de minha amiga maluca.
-Vai se casar hoje? – ela perguntou.
-Claro que não, mas após o dia de hoje, eu posso ter uma esposa no futuro!
-Estamos chegando à casa dela! – e deu um sorrisinho apático.
No rádio tocava “Heartbreak Warfare” do John Mayer. O carro foi parando em frente a casa de Andressa. Resolvemos pega carona com a Bruna já que ela era a única que conhecia o trajeto e porque não ingeria álcool, tornando a nossa volta tranquila. Bruna buzinou, e em instantes, Andressa abriu o portão preto, vestindo uma minissaia Jeans e uma camiseta branca com uma fada desenhada, segurava uma pequena bolsa.
Olhei para ela sorrindo, estava explodindo de felicidade. Antes que ela fechasse o portão, o “filho das trevas” saiu atrás, era o Jefferson. Fiz uma evidente careta e dei um leve soco no porta-luvas.
-Oi gente! –disse Andressa abrindo a porta traseira – O Jefferson pode ir conosco? O Flávio o convidou, mas ele também não sabe o caminho!
-Claro que sim! – disse Bruna dando um sorriso e piscando para mim.
Não quis olhar para eles, pensei “se esse cara não fizer feitiçaria no carro, está tudo bem”. Algumas vezes olhei pelo retrovisor as expressões deles, pelo menos não estavam de mãos dadas.
-Como você está silencioso! – disse Andressa com ar de deboche e lançando uma indireta para mim.
-Estou pensando! – respondi rapidamente.
-Pensando em que? – ela perguntou, insistindo na conversa.
-Pensando se vou comer, beber ou dançar primeiro! – respondi como se fosse o ponto final no papo.
Ela riu. Até que eu sabia me safar das situações inconvenientes da forma mais fácil, e indolor. Nem todos me conheciam tão bem, não sabiam quando o meu “não” representava um sim, e vice-versa.
Ao chegarmos a tal chácara, percebi que a festa estava bem lotada, talvez a faculdade inteira tivesse sido convidada. Descemos do carro, e dava para ouvir Freed From Desire tocando.
A galera bebia e dançava alucinadamente. Reconheci as pessoas aos poucos e dei aqueles cumprimentos sem graça com acenos. Nunca fui popular, mas educado e social era o mínimo que eu poderia ser ou demonstrar ser.
Jefferson se afastou rapidamente de perto. Andressa e Bruna foram juntas para as mesas onde estavam os salgados. Fiquei meio perdido, perambulando sem rumo no meio da multidão. Não é fácil andar no sentido contrário das pessoas. Estava tudo bem até quando eu senti uma mão gelada tocando o meu braço.

Capítulo 10 – Convite


Capítulo 10 – Convite
“Eu não estava apaixonado, não amava ninguém, não fui feito para amar nem ser amado, o amor não existe, e isso é a úlcera que te queima por dentro, ninguém mais me deixaria triste novamente”.
A
ndressa deu um sorriso e soltou:
-Oi! Tudo bem?
-Melhor agora! – internamente eu queria dizer “oi meu amor, com você tudo fica ótimo”. Não eu não estava gostando dela, éramos amigos, e amigos falam essas coisas, não falam?
-Estou começando a ficar cheia de trabalho já!
-Quer ir a uma festa comigo, no sábado?
-Onde? Que horas?
-Na chácara de um colega de sala, acho que será às 20 horas!
-Eu topo! – ela disse dando um sorriso, e se afastando de mim para chegar ao banco onde Jefferson estava ouvindo música.
Fiquei observando as atitudes deles, ela tirou os fones do garoto e começou  a gesticular, ele a olhava com cara de quem estava ouvindo um bêbado contar as suas proezas de sua vida antes de ser expulso de casa pela família. Por que ela queria ser amiga daquele morto-vivo? Se ele conhecesse Soraya, aposto que formariam uma dupla de insensatos perfeita.
Abri o meu Twitter e li as indiretas da vampira via internet. Tossi três vezes e fingi não ter lido nenhuma provocação. Eu só estava tentando ser normal, era tão  difícil assim viver em um mundo sem vampiros, sem chupadores de sangue?
Eu agradecia os quilômetros que separavam o estado de São Paulo do Paraná, como quem agradece a cada refeição feita. Será que os vampiros agradeciam pelos animais e pessoas que matavam? Algo como “obrigado por este búfalo” ou até “Obrigado pelo cervo morto nosso de cada dia”...
Eu podia ser besta demais, mas, tinha certeza de que vampiros não eram seres divinos nem aqui nem na China. Já imaginaram um vampiro chinês, ele diria algo como: “quelo chupar o seu sangue”, e depois ele voaria e atacaria suas vítimas com adagas ou leques afiados, e assim duas pequenas presas apareciam na sua boca,.
Se eu não pertencia mais ao clã dos vampiros, então eles que se danassem por aí. Mas, eu tinha a total convicção que nunca me esqueceria do rosto daquela vampira que tanto amara. Andressa tinha traços que lembravam minha ex-namorada virtual e até alguns gestos.
O melhor a ser feito era deixar os vampiros em paz, cada qual no seu caixão, descansando durante a forte luz do dia para fazerem a festa à noite. Por falar em festa, eu iria a um e com uma ótima companhia.
Contei ao Fábio que disse ter ficado muito feliz. Ele me mostrou uma foto com Graciele, formavam um belo casal, tinham a mesma altura, e isso era um fator muito bacana.
Tinha tantos planos, ambições para o dia da festa que não sabia por onde começar. Apenas um dia me separava do meu futuro. Que necessidade é essa do ser humano sempre ter o coração ocupado por alguém? O amor é o mal da humanidade, matam por amor, fazem por amor, sofrem por amor, se amar fosse algo prazeroso, casamentos eram eternos e não viveríamos nesta desgraça social.
Filosofar faz parte de amar? Quando amamos as pessoas, ficamos mais sensíveis? Os poetas então viveram apaixonados? Todo o amor deve ser declarado? Eu teria coragem para tanto?

Capítulo 9 – Convidado

“Ele esquecera Alessandra, assim como eu me esqueci da Soraya. Quem tentávamos enganar? Era algo recente demais para ser esquecido em um piscar de olhos.”
Capítulo 9 – Convidado

O tempo mostra quem é quem já dizia alguém que quis inventar uma citação, um provérbio ou um ditado. Quem era Andressa? Quem foi Soraya? Quem eu sou? Quem eu fui? Algum dia eu obteria estas e outras inúmeras respostas.
Bom, o Fábio não gostava mais da Ale, eu havia sido grosso com Soraya, Andressa aparecera no meu caminho quando eu menos esperava ou quando eu mais precisava, e junto com ela o estranho e pálido Jefferson. Talvez, ele também era um vampiro adaptado ou era apenas um gótico que me odiava.
Certamente, Soraya já havia se entregado nos braços do projeto de vilão do “filho do esperto”. Era uma pena que os vampiros são impotentes, não é mesmo? Quem transaria com um cadáver? Só a louca da Bella Swan fez isso. Eles jamais teriam filhos, jamais. Talvez os meus espermatozóides não fossem férteis também, mesmo assim eu estava vivo, vivo.
Eu estava pensando nas desgraças das vidas dos outros, quando Bruna apareceu na minha frente pulando como um coelho com coceira e me disse:
-Festa na casa do Flávio! Você vai?
-Quem é Flávio? Onde? Quando? Que horas?
-Neste sábado, na chácara dele, acho que às 20h!
-Quem é Flávio?
-Oras, o Flávio da nossa sala!
-Não conheço nenhum Flávio!
-Claro que conhece, é o American Boy!
-O American vai dar uma festa? Porque não me disse antes!
-Eu disse, mas você não sabe nem o nome do guri!
-Se você me falasse antes o apelido, eu saberia quem é!
-Ok, mas você vai?
-Faz tanto tempo que não saio de casa, acho que sim, eu preciso me divertir!
-Vai chamar a sua namorada? Pode levá-la!
-Ela não é a minha namorada, eu já te disse!
-Convide-a! Adorarei conversar com ela!
-Ok,  farei isso.
-Você está apaixonado, que romântico!
-Apaixonado? Essa palavra não consta no meu dicionário!
Flávio se aproximou da gente, certamente me faria o convite para a festa. Ele media mais de um metro e oitenta, um pouco maior do que eu, cerca de dois centímetros, tinha cabelos pretos e falava inglês como se tivesse vindo direto dos Estados Unidos, por isso o seu apelido na faculdade era American Boy.
-Hi friends! Will you go to my party? – He asked.
-Sim, nós iremos, chamarei uma garota do curso de Música! Tudo bem? – eu perguntei.
-Ok Guy. See you on Saturday!
-Ele vai levar a namorada! – gritou Bruna pelo corredor.
-Do you have a girlfriend?
-Não. A Bruna não sabe o que fala!
Ele foi para a cantina, enquanto eu brigava com Bruna por ela inventar absurdos sobre a minha relação com Andressa.
-É legal te deixar irritado!
-Não acho nada engraçado!
-É porque você não vê a sua cara! Ah, lá vem ela cheia de graça!
-Ela? Quem?
-A Marília Gabriela!
Quando eu virei, vi que Andressa caminhava na minha direção, respirei fundo, tentei não tremer e nem transpirar. Fixei o olhar e percebi que Bruna havia me deixado sozinho para a minha felicidade.




Capítulo 8 – Conversas


Capítulo 8 – Conversas
“Eu não posso te esquecer se no último abraço eu perdi a respiração, e não posso te esquecer se eu te vejo por todos os lados.”
I

nterrompi o abraço e corri para a minha sala. Por que aquele cara tinha que estragar tudo? Fechei a porta silenciosamente para que a professora não me notasse e fui para o meu lugar. Bruna, que se sentava ao meu lado, me passou um bilhete que estava escrito:
“Não acho certo você ficar dando em cima de garotas novatas.”
Eu respondi: “Você e os seus ‘achismos’ devem ser guardados exclusivamente para você, e não estou dando em cima de ninguém”.
“Vieram me contar que você estava agarrado com a menina como se fossem cachorros no cio.”
“As pessoas não sabem o que falam, e se eu descobrir quem inventou essa blasfêmia, eu mato”. Respondi, passei o bilhete e bufei alto. A professora me perguntou:
-Algum problema?
-Não professora, prossiga!
-Achei que tínhamos um búfalo em sala de aula!
Dei um sorriso amarelo e fiquei cabisbaixo, curtindo o meu amor por Andressa e o meu ódio pelo amigo dela, que supostamente seria o fofoqueiro do corredor da faculdade. Comecei a desenhar caveiras no caderno e Bruna disse que eu estava possuído por alguma força externa.
À noite, eu entrei na internet, acessei o meu Twitter e lá estava uma mensagem de Soraya, algo como “Quando te verei novamente?”, respondi “Nunca mais.”
Alguma coisa estava mudando em meu interior, as peças do quebra-cabeça se preenchiam dentro de mim, e eu já não importava se vampiros existiam ou que queriam me ver, eu já não acreditava neles.
No MSN encontrei Fábio online, tratei logo de lhe contar sobra a minha nova vida, o meu pós- Soraya. Depois que ela partira, posso afirmar que cresci muito. Falei sobre Bruna e suas opiniões sobre Andressa e até sobre o estranho Jefferson.
Ele lia com atenção e comentava cada frase nova, talvez eu não o deixasse contar as suas novidades, mas naquele momento eu precisava de um amigo verdadeiro para dividir o que acontecia comigo. Parei de digitar e abri o espaço para que ele compartilhasse as suas novas histórias.
“Meu caro Wendryck,
A vida nunca foi tão boa como está sendo. Entrou uma gatinha na minha sala, seu nome é Graciele, mas ela prefere que a chame de Gracy. Ela é morena, magra, tem os cabelos pretos e enrolados e seus olhos são castanhos escuros. Talvez eu mande uma foto dela para você, mas nem arregale os olhos porque ela já está na ‘minha’. Ela é delicada, companheira e acima de tudo é bem-humorada. Creio que ela me completa. Quer ser jornalista para trabalhar com as fofocas de celebridades. Estou muito ‘gamado’ nela, mas ainda não tive a oportunidade de me declarar. Ficou sabendo do congresso entre as instituições de ensino superior que rolará aí em Campinas? Certifique-se de que a sua faculdade estará escrita e vá para lá com os seus professores, tenho certeza de que você gostará da Gracy, pois estarei neste congresso com ela. O congresso será sobre o futuro da educação no país. Vou sair agora, porque tenho que estudar sobre alguns assuntos aqui. Até logo, ah, e sobre a Alessandra, eu não sei se está morta ou se ainda vive, esses vampiros são doentes cara, tomara que tenham derretido com esse calor que está fazendo nos últimos dias. Tchau e boa sorte com a sua nova vida!”.

Resultado da Enquete

Eis aqui o resultado da enquete: Quem deve ficar com o Wendryck?

 Sozinho - 3% - 1 voto
Outra personagem - 3% -1 voto
 Soraya - 10% - 3 votos

E a grande campeã com 24 votos, cerca de 82% foi Andressa!
 

As demais candidatas tiveram essa reação!
Agora é só esperar a história se desenrolar!

Wendryck Wonka

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Capítulo 13- Fatos


Capítulo 13- Fatos
“Não era o que eu queria ouvir, não era quem eu gostaria de ver, não precisava ouvir seus argumentos para descobrir que ainda sentia a sua falta.”
S
oraya me contou sobre a irmã e como Lucy havia aparecido em sua vida. A garota era simplesmente a ex-namorada do Cleverson, sim, caro leitor, o “filho do esperto”, quando ele a transformou em vampira, e a pobre garota fugiu aterrorizada encontrando-se com Soraya e refugiando-se na casa da minha ex-namorada. Agora, Cleverson descobrira onde a ex-namorada estava abrigada e começou a ameaçar a família de Soraya.
-Então, eu pensei que aqui contigo, a guria estaria segura, ele jamais voltará a te procurar, pois sabe muito bem que entre nós dois não há mais nada!
-Como sempre você é tão esperta, mas só me mete nas mais ardilosas enrascadas!
-Cuide bem da Lucy, ela já está bem treinada e quase adaptada ao novo corpo! Eu preciso voltar ao Paraná!
-Que ótimo! Você deveria trabalhar nos Correios já que possui tanta disposição e ânimo para realizar tarefas e entregar encomendas inesperadas!
-Você ainda não perdeu esse senso de humor!
-Deve ser porque você só me faz de palhaço!
-Eu preciso ir... Até breve!
-Veio voando? Onde deixou a vassoura?
-Tonto! – ela correu para a escuridão, me deixando com cara de bobo.
Voltei para a festa que estava muito animada e barulhenta por sinal. Dava para perceber que eu não demonstrava toda a felicidade do início. Lucy estava se enturmando com Flávio e Bruna, e percebi que Jefferson estava sentado em um banco, segurando uma taça de vinho como um vampiro protege o sangue de sua presa.
Não me resta mais dúvidas de que seu amor já acabou, dói mas já terminou. É difícil, mas devo assimilar que te perdi e agora te vejo partir. Problemas, vampiros e confusões... por mais que eu fugisse deles, eles sempre apareciam em minha vida. Talvez a última cartada deles era a minha morte ou minha loucura.
Luciane ou Lucy era morena, tinha cabelos lisos, olhos castanhos, algumas covinhas e era bem comunicativa e expansiva. Não parava de falar um segundo, nem parecia com aqueles vampiros melancólicos que um dia tive contato.
Na festa todos dançavam “ Why don’t you love me?” da Beyoncé. Fui desviando dos dançarinos e cheguei perto da pessoa mais importante na festa para mim: Andressa, o meu atual foco e o caminho para esquecer Soraya de uma vez por todas.
Ela me olhou com seu rosto alvo como uma boneca de porcelana, deu um sorriso, pegou na minha mão direita e me puxou para a pista. Pensei em resistir, mas era impossível e já não me importava mais se eu sabia ou não dançar.
Dancei olhando para a boca que queria beijar, os reflexos em seus olhos me faziam enxergar além desta vida. Não sabia se dançava como um desajeitado, a companhia me bastava. A música mudou para “If I had you” do Adam Lambert e em segundos, a pista parecia dançar a “ dança do acasalamento”.
Minha mente transfigurou muitas coisas, cenas, momentos, estava prestes a jogar tudo para o ar e recomeçar a história. Meu pescoço foi se inclinando aos poucos, suas mãos tocaram a minha cintura, os olhos se fecharam e as bocas trataram de se encontrar. Mas, eu conseguiria beijá-la?

Capítulo 12 – Passado


Capítulo 12 – Passado
“Você era a última pessoa que eu desejava ver nesta noite, não entendia o quanto esse dia representava para mim?”
F
ui guiado até a beira da enorme piscina azul que refletia a lua cheia em sua totalidade. Observei as mãos e fui direcionando o meu olhar para os braços, o colo, o pescoço, e quando enxerguei o rosto, percebi quem estava na minha frente. Dava para ouvir Secrets do One Republic tocando na pista de dança.
-Chocado em me ver? – a pessoa perguntou.
-Não esperava encontrar um ectoplasma, ninguém me avisou que a festa era de Halloween!
-Até quando considerará que eu morri?
-Você morreu pra mim, e ponto final! – tentei desviar o olhar daqueles olhos brilhantes refletindo ansiedade e prazer.
-Não pode continuar me tratando assim, com toda essa indiferença! – a pessoa insistiu.
-É o mínimo que você merece!
-Quem são aquelas pessoas que vieram com você?
-Por que quer saber? Não te devo satisfações de com quem ando ou do que eu faço!
-Você está gostando de uma daquelas gurias?
-O que isso te importa?
-Você nunca amará ninguém como me ama!
-Francamente, eu não te amo e nem te amei!
-Pare de ser criança, pelo menos por um momento, fomos feitos um para o outro!
-Por que você está aqui? Veio me matar e depois fugir?
-Deveria fazer isso, talvez morto você não será tão estúpido. Estou aqui, porque tenho problemas.
-Só agora descobriu que é uma pessoa problemática? Além disso, só me procura quando está com problemas!
-Vai me ajudar?
-Se for para você sumir daqui e de uma vez da minha vida, eu posso pensar!
-Admita que ainda me ama, pelo menos!
-Vai me falar o que quer? Voltarei para a festa!
-Só um minuto, venha cá! – outra figura saiu detrás de uma enorme árvore.
-Noite do terror ou hora do horror?
-Wend, esta é a Lucy! Uma recém-adaptada!
-Oi! – disse a garota nova com um singelo sorriso.
-E o que eu tenho com isso? –perguntei.
-Preciso que cuide e a proteja! Cleverson está atrás dela, e pensei que com você, dificilmente ele a encontrará!
-Mais uma vez, você me arrumando problemas!
-Faça por mim, faça pelo nosso amor!
-Cala a boca, Soraya! – eu disse com raiva.
-O que está acontecendo aqui? – perguntou Flávio. – Bem, eu ouvi tudo! Wendryck, por que não quer proteger a menina?
-Eu..eu... – fiquei sem palavras...
-Olha, amiga do Wendryck, se quiser, eu posso te abrigar aqui na minha chácara, tenho certeza que Cleverson nenhum irá te encontrar!
Meu corpo tremia. Soraya deu um sorriso agradecendo. Eu não contaria à ele, que uma vampira recém-adaptada estava prestes a ser a mais nova moradora da chácara. Ele também não precisava saber de onde eu conhecia Soraya, nem como ela foi parar na festa, porque isso nem eu sabia.
-Poderia abrigar a minha amiga aqui então? – Soraya perguntou buscando uma confirmação.
-Claro! Se é amiga do Wendryck e tem problemas, então é minha amiga também! – ele respondeu.
-Tem certeza? – perguntei, duvidando de que aquilo fosse acontecer.
-Claro! – ele respondeu e foi levando Lucy para a pista de dança com os demais convidados.
Fiquei a sós com Soraya, ela me devia muitas explicações e sobre como o destino nos havia unido mais uma vez.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Capítulo 11 – Festa


Capítulo 11 – Festa
“Era a hora de chegar até ela e dizer o quanto era o meu interesse em ter aquele sorriso ao meu lado, para sempre”
Vamos mudar o destino juntos, me busque e chegaremos ao ponto final. O futuro hoje e você me completa, preciso da sua voz para falar ao mundo o quanto te amo, e o quanto somos felizes. Os sonhos não morrem a música também não, portanto eu farei a minha sinfonia do amor.
O grande dia havia chegado, a festa na chácara do Flávio. Estava tão ansioso que o relógio era o meu maior rival naquele dia. Conversei com o Fábio no MSN e depois fui escolher a roupa que vestiria.
Bruna buzinou, e saí correndo de casa, batendo o portão com força e saltando para o I30 dela. Cumprimentei-a e demonstrei estar muito empolgado, o que sem dúvida gerava perguntas da cabeça de minha amiga maluca.
-Vai se casar hoje? – ela perguntou.
-Claro que não, mas após o dia de hoje, eu posso ter uma esposa no futuro!
-Estamos chegando à casa dela! – e deu um sorrisinho apático.
No rádio tocava “Heartbreak Warfare” do John Mayer. O carro foi parando em frente a casa de Andressa. Resolvemos pega carona com a Bruna já que ela era a única que conhecia o trajeto e porque não ingeria álcool, tornando a nossa volta tranquila. Bruna buzinou, e em instantes, Andressa abriu o portão preto, vestindo uma minissaia Jeans e uma camiseta branca com uma fada desenhada, segurava uma pequena bolsa.
Olhei para ela sorrindo, estava explodindo de felicidade. Antes que ela fechasse o portão, o “filho das trevas” saiu atrás, era o Jefferson. Fiz uma evidente careta e dei um leve soco no porta-luvas.
-Oi gente! –disse Andressa abrindo a porta traseira – O Jefferson pode ir conosco? O Flávio o convidou, mas ele também não sabe o caminho!
-Claro que sim! – disse Bruna dando um sorriso e piscando para mim.
Não quis olhar para eles, pensei “se esse cara não fizer feitiçaria no carro, está tudo bem”. Algumas vezes olhei pelo retrovisor as expressões deles, pelo menos não estavam de mãos dadas.
-Como você está silencioso! – disse Andressa com ar de deboche e lançando uma indireta para mim.
-Estou pensando! – respondi rapidamente.
-Pensando em que? – ela perguntou, insistindo na conversa.
-Pensando se vou comer, beber ou dançar primeiro! – respondi como se fosse o ponto final no papo.
Ela riu. Até que eu sabia me safar das situações inconvenientes da forma mais fácil, e indolor. Nem todos me conheciam tão bem, não sabiam quando o meu “não” representava um sim, e vice-versa.
Ao chegarmos a tal chácara, percebi que a festa estava bem lotada, talvez a faculdade inteira tivesse sido convidada. Descemos do carro, e dava para ouvir Freed From Desire tocando.
A galera bebia e dançava alucinadamente. Reconheci as pessoas aos poucos e dei aqueles cumprimentos sem graça com acenos. Nunca fui popular, mas educado e social era o mínimo que eu poderia ser ou demonstrar ser.
Jefferson se afastou rapidamente de perto. Andressa e Bruna foram juntas para as mesas onde estavam os salgados. Fiquei meio perdido, perambulando sem rumo no meio da multidão. Não é fácil andar no sentido contrário das pessoas. Estava tudo bem até quando eu senti uma mão gelada tocando o meu braço.

Capítulo 10 – Convite


Capítulo 10 – Convite
“Eu não estava apaixonado, não amava ninguém, não fui feito para amar nem ser amado, o amor não existe, e isso é a úlcera que te queima por dentro, ninguém mais me deixaria triste novamente”.
A
ndressa deu um sorriso e soltou:
-Oi! Tudo bem?
-Melhor agora! – internamente eu queria dizer “oi meu amor, com você tudo fica ótimo”. Não eu não estava gostando dela, éramos amigos, e amigos falam essas coisas, não falam?
-Estou começando a ficar cheia de trabalho já!
-Quer ir a uma festa comigo, no sábado?
-Onde? Que horas?
-Na chácara de um colega de sala, acho que será às 20 horas!
-Eu topo! – ela disse dando um sorriso, e se afastando de mim para chegar ao banco onde Jefferson estava ouvindo música.
Fiquei observando as atitudes deles, ela tirou os fones do garoto e começou  a gesticular, ele a olhava com cara de quem estava ouvindo um bêbado contar as suas proezas de sua vida antes de ser expulso de casa pela família. Por que ela queria ser amiga daquele morto-vivo? Se ele conhecesse Soraya, aposto que formariam uma dupla de insensatos perfeita.
Abri o meu Twitter e li as indiretas da vampira via internet. Tossi três vezes e fingi não ter lido nenhuma provocação. Eu só estava tentando ser normal, era tão  difícil assim viver em um mundo sem vampiros, sem chupadores de sangue?
Eu agradecia os quilômetros que separavam o estado de São Paulo do Paraná, como quem agradece a cada refeição feita. Será que os vampiros agradeciam pelos animais e pessoas que matavam? Algo como “obrigado por este búfalo” ou até “Obrigado pelo cervo morto nosso de cada dia”...
Eu podia ser besta demais, mas, tinha certeza de que vampiros não eram seres divinos nem aqui nem na China. Já imaginaram um vampiro chinês, ele diria algo como: “quelo chupar o seu sangue”, e depois ele voaria e atacaria suas vítimas com adagas ou leques afiados, e assim duas pequenas presas apareciam na sua boca,.
Se eu não pertencia mais ao clã dos vampiros, então eles que se danassem por aí. Mas, eu tinha a total convicção que nunca me esqueceria do rosto daquela vampira que tanto amara. Andressa tinha traços que lembravam minha ex-namorada virtual e até alguns gestos.
O melhor a ser feito era deixar os vampiros em paz, cada qual no seu caixão, descansando durante a forte luz do dia para fazerem a festa à noite. Por falar em festa, eu iria a um e com uma ótima companhia.
Contei ao Fábio que disse ter ficado muito feliz. Ele me mostrou uma foto com Graciele, formavam um belo casal, tinham a mesma altura, e isso era um fator muito bacana.
Tinha tantos planos, ambições para o dia da festa que não sabia por onde começar. Apenas um dia me separava do meu futuro. Que necessidade é essa do ser humano sempre ter o coração ocupado por alguém? O amor é o mal da humanidade, matam por amor, fazem por amor, sofrem por amor, se amar fosse algo prazeroso, casamentos eram eternos e não viveríamos nesta desgraça social.
Filosofar faz parte de amar? Quando amamos as pessoas, ficamos mais sensíveis? Os poetas então viveram apaixonados? Todo o amor deve ser declarado? Eu teria coragem para tanto?

sábado, 18 de dezembro de 2010

Capítulo 9 – Convidado

“Ele esquecera Alessandra, assim como eu me esqueci da Soraya. Quem tentávamos enganar? Era algo recente demais para ser esquecido em um piscar de olhos.”
Capítulo 9 – Convidado

O tempo mostra quem é quem já dizia alguém que quis inventar uma citação, um provérbio ou um ditado. Quem era Andressa? Quem foi Soraya? Quem eu sou? Quem eu fui? Algum dia eu obteria estas e outras inúmeras respostas.
Bom, o Fábio não gostava mais da Ale, eu havia sido grosso com Soraya, Andressa aparecera no meu caminho quando eu menos esperava ou quando eu mais precisava, e junto com ela o estranho e pálido Jefferson. Talvez, ele também era um vampiro adaptado ou era apenas um gótico que me odiava.
Certamente, Soraya já havia se entregado nos braços do projeto de vilão do “filho do esperto”. Era uma pena que os vampiros são impotentes, não é mesmo? Quem transaria com um cadáver? Só a louca da Bella Swan fez isso. Eles jamais teriam filhos, jamais. Talvez os meus espermatozóides não fossem férteis também, mesmo assim eu estava vivo, vivo.
Eu estava pensando nas desgraças das vidas dos outros, quando Bruna apareceu na minha frente pulando como um coelho com coceira e me disse:
-Festa na casa do Flávio! Você vai?
-Quem é Flávio? Onde? Quando? Que horas?
-Neste sábado, na chácara dele, acho que às 20h!
-Quem é Flávio?
-Oras, o Flávio da nossa sala!
-Não conheço nenhum Flávio!
-Claro que conhece, é o American Boy!
-O American vai dar uma festa? Porque não me disse antes!
-Eu disse, mas você não sabe nem o nome do guri!
-Se você me falasse antes o apelido, eu saberia quem é!
-Ok, mas você vai?
-Faz tanto tempo que não saio de casa, acho que sim, eu preciso me divertir!
-Vai chamar a sua namorada? Pode levá-la!
-Ela não é a minha namorada, eu já te disse!
-Convide-a! Adorarei conversar com ela!
-Ok,  farei isso.
-Você está apaixonado, que romântico!
-Apaixonado? Essa palavra não consta no meu dicionário!
Flávio se aproximou da gente, certamente me faria o convite para a festa. Ele media mais de um metro e oitenta, um pouco maior do que eu, cerca de dois centímetros, tinha cabelos pretos e falava inglês como se tivesse vindo direto dos Estados Unidos, por isso o seu apelido na faculdade era American Boy.
-Hi friends! Will you go to my party? – He asked.
-Sim, nós iremos, chamarei uma garota do curso de Música! Tudo bem? – eu perguntei.
-Ok Guy. See you on Saturday!
-Ele vai levar a namorada! – gritou Bruna pelo corredor.
-Do you have a girlfriend?
-Não. A Bruna não sabe o que fala!
Ele foi para a cantina, enquanto eu brigava com Bruna por ela inventar absurdos sobre a minha relação com Andressa.
-É legal te deixar irritado!
-Não acho nada engraçado!
-É porque você não vê a sua cara! Ah, lá vem ela cheia de graça!
-Ela? Quem?
-A Marília Gabriela!
Quando eu virei, vi que Andressa caminhava na minha direção, respirei fundo, tentei não tremer e nem transpirar. Fixei o olhar e percebi que Bruna havia me deixado sozinho para a minha felicidade.




Capítulo 8 – Conversas


Capítulo 8 – Conversas
“Eu não posso te esquecer se no último abraço eu perdi a respiração, e não posso te esquecer se eu te vejo por todos os lados.”
I

nterrompi o abraço e corri para a minha sala. Por que aquele cara tinha que estragar tudo? Fechei a porta silenciosamente para que a professora não me notasse e fui para o meu lugar. Bruna, que se sentava ao meu lado, me passou um bilhete que estava escrito:
“Não acho certo você ficar dando em cima de garotas novatas.”
Eu respondi: “Você e os seus ‘achismos’ devem ser guardados exclusivamente para você, e não estou dando em cima de ninguém”.
“Vieram me contar que você estava agarrado com a menina como se fossem cachorros no cio.”
“As pessoas não sabem o que falam, e se eu descobrir quem inventou essa blasfêmia, eu mato”. Respondi, passei o bilhete e bufei alto. A professora me perguntou:
-Algum problema?
-Não professora, prossiga!
-Achei que tínhamos um búfalo em sala de aula!
Dei um sorriso amarelo e fiquei cabisbaixo, curtindo o meu amor por Andressa e o meu ódio pelo amigo dela, que supostamente seria o fofoqueiro do corredor da faculdade. Comecei a desenhar caveiras no caderno e Bruna disse que eu estava possuído por alguma força externa.
À noite, eu entrei na internet, acessei o meu Twitter e lá estava uma mensagem de Soraya, algo como “Quando te verei novamente?”, respondi “Nunca mais.”
Alguma coisa estava mudando em meu interior, as peças do quebra-cabeça se preenchiam dentro de mim, e eu já não importava se vampiros existiam ou que queriam me ver, eu já não acreditava neles.
No MSN encontrei Fábio online, tratei logo de lhe contar sobra a minha nova vida, o meu pós- Soraya. Depois que ela partira, posso afirmar que cresci muito. Falei sobre Bruna e suas opiniões sobre Andressa e até sobre o estranho Jefferson.
Ele lia com atenção e comentava cada frase nova, talvez eu não o deixasse contar as suas novidades, mas naquele momento eu precisava de um amigo verdadeiro para dividir o que acontecia comigo. Parei de digitar e abri o espaço para que ele compartilhasse as suas novas histórias.
“Meu caro Wendryck,
A vida nunca foi tão boa como está sendo. Entrou uma gatinha na minha sala, seu nome é Graciele, mas ela prefere que a chame de Gracy. Ela é morena, magra, tem os cabelos pretos e enrolados e seus olhos são castanhos escuros. Talvez eu mande uma foto dela para você, mas nem arregale os olhos porque ela já está na ‘minha’. Ela é delicada, companheira e acima de tudo é bem-humorada. Creio que ela me completa. Quer ser jornalista para trabalhar com as fofocas de celebridades. Estou muito ‘gamado’ nela, mas ainda não tive a oportunidade de me declarar. Ficou sabendo do congresso entre as instituições de ensino superior que rolará aí em Campinas? Certifique-se de que a sua faculdade estará escrita e vá para lá com os seus professores, tenho certeza de que você gostará da Gracy, pois estarei neste congresso com ela. O congresso será sobre o futuro da educação no país. Vou sair agora, porque tenho que estudar sobre alguns assuntos aqui. Até logo, ah, e sobre a Alessandra, eu não sei se está morta ou se ainda vive, esses vampiros são doentes cara, tomara que tenham derretido com esse calor que está fazendo nos últimos dias. Tchau e boa sorte com a sua nova vida!”.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Resultado da Enquete

Eis aqui o resultado da enquete: Quem deve ficar com o Wendryck?

 Sozinho - 3% - 1 voto
Outra personagem - 3% -1 voto
 Soraya - 10% - 3 votos

E a grande campeã com 24 votos, cerca de 82% foi Andressa!
 

As demais candidatas tiveram essa reação!
Agora é só esperar a história se desenrolar!

Wendryck Wonka

Conversación


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Wendryck Wonka,webnovelista & designer. Tecnologia do Blogger.