Capítulo 13- Fatos


Capítulo 13- Fatos
“Não era o que eu queria ouvir, não era quem eu gostaria de ver, não precisava ouvir seus argumentos para descobrir que ainda sentia a sua falta.”
S
oraya me contou sobre a irmã e como Lucy havia aparecido em sua vida. A garota era simplesmente a ex-namorada do Cleverson, sim, caro leitor, o “filho do esperto”, quando ele a transformou em vampira, e a pobre garota fugiu aterrorizada encontrando-se com Soraya e refugiando-se na casa da minha ex-namorada. Agora, Cleverson descobrira onde a ex-namorada estava abrigada e começou a ameaçar a família de Soraya.
-Então, eu pensei que aqui contigo, a guria estaria segura, ele jamais voltará a te procurar, pois sabe muito bem que entre nós dois não há mais nada!
-Como sempre você é tão esperta, mas só me mete nas mais ardilosas enrascadas!
-Cuide bem da Lucy, ela já está bem treinada e quase adaptada ao novo corpo! Eu preciso voltar ao Paraná!
-Que ótimo! Você deveria trabalhar nos Correios já que possui tanta disposição e ânimo para realizar tarefas e entregar encomendas inesperadas!
-Você ainda não perdeu esse senso de humor!
-Deve ser porque você só me faz de palhaço!
-Eu preciso ir... Até breve!
-Veio voando? Onde deixou a vassoura?
-Tonto! – ela correu para a escuridão, me deixando com cara de bobo.
Voltei para a festa que estava muito animada e barulhenta por sinal. Dava para perceber que eu não demonstrava toda a felicidade do início. Lucy estava se enturmando com Flávio e Bruna, e percebi que Jefferson estava sentado em um banco, segurando uma taça de vinho como um vampiro protege o sangue de sua presa.
Não me resta mais dúvidas de que seu amor já acabou, dói mas já terminou. É difícil, mas devo assimilar que te perdi e agora te vejo partir. Problemas, vampiros e confusões... por mais que eu fugisse deles, eles sempre apareciam em minha vida. Talvez a última cartada deles era a minha morte ou minha loucura.
Luciane ou Lucy era morena, tinha cabelos lisos, olhos castanhos, algumas covinhas e era bem comunicativa e expansiva. Não parava de falar um segundo, nem parecia com aqueles vampiros melancólicos que um dia tive contato.
Na festa todos dançavam “ Why don’t you love me?” da Beyoncé. Fui desviando dos dançarinos e cheguei perto da pessoa mais importante na festa para mim: Andressa, o meu atual foco e o caminho para esquecer Soraya de uma vez por todas.
Ela me olhou com seu rosto alvo como uma boneca de porcelana, deu um sorriso, pegou na minha mão direita e me puxou para a pista. Pensei em resistir, mas era impossível e já não me importava mais se eu sabia ou não dançar.
Dancei olhando para a boca que queria beijar, os reflexos em seus olhos me faziam enxergar além desta vida. Não sabia se dançava como um desajeitado, a companhia me bastava. A música mudou para “If I had you” do Adam Lambert e em segundos, a pista parecia dançar a “ dança do acasalamento”.
Minha mente transfigurou muitas coisas, cenas, momentos, estava prestes a jogar tudo para o ar e recomeçar a história. Meu pescoço foi se inclinando aos poucos, suas mãos tocaram a minha cintura, os olhos se fecharam e as bocas trataram de se encontrar. Mas, eu conseguiria beijá-la?

Capítulo 12 – Passado


Capítulo 12 – Passado
“Você era a última pessoa que eu desejava ver nesta noite, não entendia o quanto esse dia representava para mim?”
F
ui guiado até a beira da enorme piscina azul que refletia a lua cheia em sua totalidade. Observei as mãos e fui direcionando o meu olhar para os braços, o colo, o pescoço, e quando enxerguei o rosto, percebi quem estava na minha frente. Dava para ouvir Secrets do One Republic tocando na pista de dança.
-Chocado em me ver? – a pessoa perguntou.
-Não esperava encontrar um ectoplasma, ninguém me avisou que a festa era de Halloween!
-Até quando considerará que eu morri?
-Você morreu pra mim, e ponto final! – tentei desviar o olhar daqueles olhos brilhantes refletindo ansiedade e prazer.
-Não pode continuar me tratando assim, com toda essa indiferença! – a pessoa insistiu.
-É o mínimo que você merece!
-Quem são aquelas pessoas que vieram com você?
-Por que quer saber? Não te devo satisfações de com quem ando ou do que eu faço!
-Você está gostando de uma daquelas gurias?
-O que isso te importa?
-Você nunca amará ninguém como me ama!
-Francamente, eu não te amo e nem te amei!
-Pare de ser criança, pelo menos por um momento, fomos feitos um para o outro!
-Por que você está aqui? Veio me matar e depois fugir?
-Deveria fazer isso, talvez morto você não será tão estúpido. Estou aqui, porque tenho problemas.
-Só agora descobriu que é uma pessoa problemática? Além disso, só me procura quando está com problemas!
-Vai me ajudar?
-Se for para você sumir daqui e de uma vez da minha vida, eu posso pensar!
-Admita que ainda me ama, pelo menos!
-Vai me falar o que quer? Voltarei para a festa!
-Só um minuto, venha cá! – outra figura saiu detrás de uma enorme árvore.
-Noite do terror ou hora do horror?
-Wend, esta é a Lucy! Uma recém-adaptada!
-Oi! – disse a garota nova com um singelo sorriso.
-E o que eu tenho com isso? –perguntei.
-Preciso que cuide e a proteja! Cleverson está atrás dela, e pensei que com você, dificilmente ele a encontrará!
-Mais uma vez, você me arrumando problemas!
-Faça por mim, faça pelo nosso amor!
-Cala a boca, Soraya! – eu disse com raiva.
-O que está acontecendo aqui? – perguntou Flávio. – Bem, eu ouvi tudo! Wendryck, por que não quer proteger a menina?
-Eu..eu... – fiquei sem palavras...
-Olha, amiga do Wendryck, se quiser, eu posso te abrigar aqui na minha chácara, tenho certeza que Cleverson nenhum irá te encontrar!
Meu corpo tremia. Soraya deu um sorriso agradecendo. Eu não contaria à ele, que uma vampira recém-adaptada estava prestes a ser a mais nova moradora da chácara. Ele também não precisava saber de onde eu conhecia Soraya, nem como ela foi parar na festa, porque isso nem eu sabia.
-Poderia abrigar a minha amiga aqui então? – Soraya perguntou buscando uma confirmação.
-Claro! Se é amiga do Wendryck e tem problemas, então é minha amiga também! – ele respondeu.
-Tem certeza? – perguntei, duvidando de que aquilo fosse acontecer.
-Claro! – ele respondeu e foi levando Lucy para a pista de dança com os demais convidados.
Fiquei a sós com Soraya, ela me devia muitas explicações e sobre como o destino nos havia unido mais uma vez.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Capítulo 13- Fatos


Capítulo 13- Fatos
“Não era o que eu queria ouvir, não era quem eu gostaria de ver, não precisava ouvir seus argumentos para descobrir que ainda sentia a sua falta.”
S
oraya me contou sobre a irmã e como Lucy havia aparecido em sua vida. A garota era simplesmente a ex-namorada do Cleverson, sim, caro leitor, o “filho do esperto”, quando ele a transformou em vampira, e a pobre garota fugiu aterrorizada encontrando-se com Soraya e refugiando-se na casa da minha ex-namorada. Agora, Cleverson descobrira onde a ex-namorada estava abrigada e começou a ameaçar a família de Soraya.
-Então, eu pensei que aqui contigo, a guria estaria segura, ele jamais voltará a te procurar, pois sabe muito bem que entre nós dois não há mais nada!
-Como sempre você é tão esperta, mas só me mete nas mais ardilosas enrascadas!
-Cuide bem da Lucy, ela já está bem treinada e quase adaptada ao novo corpo! Eu preciso voltar ao Paraná!
-Que ótimo! Você deveria trabalhar nos Correios já que possui tanta disposição e ânimo para realizar tarefas e entregar encomendas inesperadas!
-Você ainda não perdeu esse senso de humor!
-Deve ser porque você só me faz de palhaço!
-Eu preciso ir... Até breve!
-Veio voando? Onde deixou a vassoura?
-Tonto! – ela correu para a escuridão, me deixando com cara de bobo.
Voltei para a festa que estava muito animada e barulhenta por sinal. Dava para perceber que eu não demonstrava toda a felicidade do início. Lucy estava se enturmando com Flávio e Bruna, e percebi que Jefferson estava sentado em um banco, segurando uma taça de vinho como um vampiro protege o sangue de sua presa.
Não me resta mais dúvidas de que seu amor já acabou, dói mas já terminou. É difícil, mas devo assimilar que te perdi e agora te vejo partir. Problemas, vampiros e confusões... por mais que eu fugisse deles, eles sempre apareciam em minha vida. Talvez a última cartada deles era a minha morte ou minha loucura.
Luciane ou Lucy era morena, tinha cabelos lisos, olhos castanhos, algumas covinhas e era bem comunicativa e expansiva. Não parava de falar um segundo, nem parecia com aqueles vampiros melancólicos que um dia tive contato.
Na festa todos dançavam “ Why don’t you love me?” da Beyoncé. Fui desviando dos dançarinos e cheguei perto da pessoa mais importante na festa para mim: Andressa, o meu atual foco e o caminho para esquecer Soraya de uma vez por todas.
Ela me olhou com seu rosto alvo como uma boneca de porcelana, deu um sorriso, pegou na minha mão direita e me puxou para a pista. Pensei em resistir, mas era impossível e já não me importava mais se eu sabia ou não dançar.
Dancei olhando para a boca que queria beijar, os reflexos em seus olhos me faziam enxergar além desta vida. Não sabia se dançava como um desajeitado, a companhia me bastava. A música mudou para “If I had you” do Adam Lambert e em segundos, a pista parecia dançar a “ dança do acasalamento”.
Minha mente transfigurou muitas coisas, cenas, momentos, estava prestes a jogar tudo para o ar e recomeçar a história. Meu pescoço foi se inclinando aos poucos, suas mãos tocaram a minha cintura, os olhos se fecharam e as bocas trataram de se encontrar. Mas, eu conseguiria beijá-la?

Capítulo 12 – Passado


Capítulo 12 – Passado
“Você era a última pessoa que eu desejava ver nesta noite, não entendia o quanto esse dia representava para mim?”
F
ui guiado até a beira da enorme piscina azul que refletia a lua cheia em sua totalidade. Observei as mãos e fui direcionando o meu olhar para os braços, o colo, o pescoço, e quando enxerguei o rosto, percebi quem estava na minha frente. Dava para ouvir Secrets do One Republic tocando na pista de dança.
-Chocado em me ver? – a pessoa perguntou.
-Não esperava encontrar um ectoplasma, ninguém me avisou que a festa era de Halloween!
-Até quando considerará que eu morri?
-Você morreu pra mim, e ponto final! – tentei desviar o olhar daqueles olhos brilhantes refletindo ansiedade e prazer.
-Não pode continuar me tratando assim, com toda essa indiferença! – a pessoa insistiu.
-É o mínimo que você merece!
-Quem são aquelas pessoas que vieram com você?
-Por que quer saber? Não te devo satisfações de com quem ando ou do que eu faço!
-Você está gostando de uma daquelas gurias?
-O que isso te importa?
-Você nunca amará ninguém como me ama!
-Francamente, eu não te amo e nem te amei!
-Pare de ser criança, pelo menos por um momento, fomos feitos um para o outro!
-Por que você está aqui? Veio me matar e depois fugir?
-Deveria fazer isso, talvez morto você não será tão estúpido. Estou aqui, porque tenho problemas.
-Só agora descobriu que é uma pessoa problemática? Além disso, só me procura quando está com problemas!
-Vai me ajudar?
-Se for para você sumir daqui e de uma vez da minha vida, eu posso pensar!
-Admita que ainda me ama, pelo menos!
-Vai me falar o que quer? Voltarei para a festa!
-Só um minuto, venha cá! – outra figura saiu detrás de uma enorme árvore.
-Noite do terror ou hora do horror?
-Wend, esta é a Lucy! Uma recém-adaptada!
-Oi! – disse a garota nova com um singelo sorriso.
-E o que eu tenho com isso? –perguntei.
-Preciso que cuide e a proteja! Cleverson está atrás dela, e pensei que com você, dificilmente ele a encontrará!
-Mais uma vez, você me arrumando problemas!
-Faça por mim, faça pelo nosso amor!
-Cala a boca, Soraya! – eu disse com raiva.
-O que está acontecendo aqui? – perguntou Flávio. – Bem, eu ouvi tudo! Wendryck, por que não quer proteger a menina?
-Eu..eu... – fiquei sem palavras...
-Olha, amiga do Wendryck, se quiser, eu posso te abrigar aqui na minha chácara, tenho certeza que Cleverson nenhum irá te encontrar!
Meu corpo tremia. Soraya deu um sorriso agradecendo. Eu não contaria à ele, que uma vampira recém-adaptada estava prestes a ser a mais nova moradora da chácara. Ele também não precisava saber de onde eu conhecia Soraya, nem como ela foi parar na festa, porque isso nem eu sabia.
-Poderia abrigar a minha amiga aqui então? – Soraya perguntou buscando uma confirmação.
-Claro! Se é amiga do Wendryck e tem problemas, então é minha amiga também! – ele respondeu.
-Tem certeza? – perguntei, duvidando de que aquilo fosse acontecer.
-Claro! – ele respondeu e foi levando Lucy para a pista de dança com os demais convidados.
Fiquei a sós com Soraya, ela me devia muitas explicações e sobre como o destino nos havia unido mais uma vez.

Conversación


GIRLSPT.COM - Cursores Animados
g
Wendryck Wonka,webnovelista & designer. Tecnologia do Blogger.