Parte 25- A Sala da transformação


 Penúltimo capítulo de My Blood
Ainda hoje o último!

Parte 25- A Sala da transformação
“Essa sala se enquadraria perfeitamente em uma cena de filme de terror, como naqueles em que as pessoas são mutiladas e torturadas até que o sangue escorra na tela do cinema. Ele não poderia fazer isso com ela...”
U
ma porta escura nos separava do pior pesadelo. Andávamos, e podíamos sentir os corações acelerados como se estivéssemos disputando um rally. Ao abrir a misteriosa e pesada porta de ferro, encontramos Alessandra presa na parede, algemada e amordaçada.
            -Eu não acredito que você montou essa sala! Não fará isso com ela! – disse Soraya apontando o dedo no rosto do vampiro sem caráter e escrúpulos.
            -Claro que eu vou, e vocês são os meus convidados para verem esta cena antológica e triunfante!- ele disse soltando um risinho por entre as presas afiadas.
            -Você não transformará minha namorada em vampira! – disse Fábio tentando iniciar um combate corporal com o vampiro, mas o fato de ele não ser um morto-vivo e não ter nem um terço da agilidade já podiam prever o fim do “quase combate”.
            -Deixe de ser bobo, seu palmeirense! Se ela se transformar em uma vampira aposto que as coisas ficarão mais excitantes! Não é verdade, humano? – ele perguntou olhando na minha direção, desviei aquele olhar demoníaco e não respondi nada.
            Eu estava com raiva e ao mesmo tempo aterrorizado, não podia tomar atitudes precipitadas, qualquer movimento poderia prejudicar Alessandra, que apenas nos encarava aos prantos. Tentei manter Soraya controlada também. Rafa abraçava Sabry que chorava muito.
            -Vamos ao nosso show! Por favor, queridos, sentem-se! – ele disse nos indicando cinco cadeiras revestidas com um veludo vermelho.
            Assim que sentamos, ele pareceu fazer números de mágica, algo que seria muito cômico se não fosse trágico. Quando estalou os dedos, saíram do chão, alguns ganchos afiados que travaram as nossas pernas nas cadeiras. A primeira reação coletiva foi tentar escapar, mas era inútil já que o material era resistente e limitava nossos movimentos.
            A sala de tortura transmitiria um dos piores episódios de nossas vidas. Cleverson pegou um vidro de perfume que continha um líquido vermelho, espalhou pelo corpo da vítima, borrifando. Soraya e Sabry gritavam muito, tanto que a música obscura que saía de algum lugar naquela sala estava baixa.
            Depois de borrifar o perfume, ele começou a cheirar cada parte do corpo da garota como se fosse um cão farejador buscando um osso no jardim. Era uma cena terrível e agonizante, digna de ‘Jogos Mortais’. Os olhos do vampiro estavam laranja, talvez eles fossem os botões que indicavam que ele estava ON mode vampire.
            Soraya conhecia bem todas as etapas do ritual macabro, e estava apreensiva com cada movimento de Cleverson. Fábio xingava bastante e distribuía palavrões para todos os membros da família do vampiro, e no fundo ele queria era xingar Soraya, afinal nada daquilo aconteceria se ela tivesse morrido por aí. Rafael e Sabry preferiram não olhar. Eu encarava como se fosse um filme de terror, e que logo a sessão acabaria e iríamos embora do cinema.
            Acreditar que aquilo era real, e poderia levar qualquer humano ao hospício, então o melhor a se fazer era crer que tudo não passava de um terrível pesadelo. Quando alguém se transforma em vampiro, é como estar morto, mas sem perder o aspecto vital. Para muitos seria uma maravilha ter a sensação de imortalidade, principalmente para artistas com medo de envelhecer, ficariam eternamente novos.
            As conseqüências vinham com o comportamento perturbado e estranho, a pulsação lenta, a troca da dieta alimentar por uma sanguínea, a incessante busca por sangue, a visão embaçada durante o dia entre outras.
            (Dica de música para ouvir: Everybody´s changing – Keane). Cleverson ainda cheirava o corpo de Alessandra. Aproximava-se do pescoço aos poucos. Aquilo era como se descarregássemos toda a nossa adrenalina na corrente sanguínea de uma só vez. A qualquer momento o pior aconteceria e teríamos o pesadelo da multiplicação com as duas irmãs vampiras. Ele seria capaz de cometer o ato maldoso e inescrupuloso mais uma vez?

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sábado, 4 de setembro de 2010

Parte 25- A Sala da transformação


 Penúltimo capítulo de My Blood
Ainda hoje o último!

Parte 25- A Sala da transformação
“Essa sala se enquadraria perfeitamente em uma cena de filme de terror, como naqueles em que as pessoas são mutiladas e torturadas até que o sangue escorra na tela do cinema. Ele não poderia fazer isso com ela...”
U
ma porta escura nos separava do pior pesadelo. Andávamos, e podíamos sentir os corações acelerados como se estivéssemos disputando um rally. Ao abrir a misteriosa e pesada porta de ferro, encontramos Alessandra presa na parede, algemada e amordaçada.
            -Eu não acredito que você montou essa sala! Não fará isso com ela! – disse Soraya apontando o dedo no rosto do vampiro sem caráter e escrúpulos.
            -Claro que eu vou, e vocês são os meus convidados para verem esta cena antológica e triunfante!- ele disse soltando um risinho por entre as presas afiadas.
            -Você não transformará minha namorada em vampira! – disse Fábio tentando iniciar um combate corporal com o vampiro, mas o fato de ele não ser um morto-vivo e não ter nem um terço da agilidade já podiam prever o fim do “quase combate”.
            -Deixe de ser bobo, seu palmeirense! Se ela se transformar em uma vampira aposto que as coisas ficarão mais excitantes! Não é verdade, humano? – ele perguntou olhando na minha direção, desviei aquele olhar demoníaco e não respondi nada.
            Eu estava com raiva e ao mesmo tempo aterrorizado, não podia tomar atitudes precipitadas, qualquer movimento poderia prejudicar Alessandra, que apenas nos encarava aos prantos. Tentei manter Soraya controlada também. Rafa abraçava Sabry que chorava muito.
            -Vamos ao nosso show! Por favor, queridos, sentem-se! – ele disse nos indicando cinco cadeiras revestidas com um veludo vermelho.
            Assim que sentamos, ele pareceu fazer números de mágica, algo que seria muito cômico se não fosse trágico. Quando estalou os dedos, saíram do chão, alguns ganchos afiados que travaram as nossas pernas nas cadeiras. A primeira reação coletiva foi tentar escapar, mas era inútil já que o material era resistente e limitava nossos movimentos.
            A sala de tortura transmitiria um dos piores episódios de nossas vidas. Cleverson pegou um vidro de perfume que continha um líquido vermelho, espalhou pelo corpo da vítima, borrifando. Soraya e Sabry gritavam muito, tanto que a música obscura que saía de algum lugar naquela sala estava baixa.
            Depois de borrifar o perfume, ele começou a cheirar cada parte do corpo da garota como se fosse um cão farejador buscando um osso no jardim. Era uma cena terrível e agonizante, digna de ‘Jogos Mortais’. Os olhos do vampiro estavam laranja, talvez eles fossem os botões que indicavam que ele estava ON mode vampire.
            Soraya conhecia bem todas as etapas do ritual macabro, e estava apreensiva com cada movimento de Cleverson. Fábio xingava bastante e distribuía palavrões para todos os membros da família do vampiro, e no fundo ele queria era xingar Soraya, afinal nada daquilo aconteceria se ela tivesse morrido por aí. Rafael e Sabry preferiram não olhar. Eu encarava como se fosse um filme de terror, e que logo a sessão acabaria e iríamos embora do cinema.
            Acreditar que aquilo era real, e poderia levar qualquer humano ao hospício, então o melhor a se fazer era crer que tudo não passava de um terrível pesadelo. Quando alguém se transforma em vampiro, é como estar morto, mas sem perder o aspecto vital. Para muitos seria uma maravilha ter a sensação de imortalidade, principalmente para artistas com medo de envelhecer, ficariam eternamente novos.
            As conseqüências vinham com o comportamento perturbado e estranho, a pulsação lenta, a troca da dieta alimentar por uma sanguínea, a incessante busca por sangue, a visão embaçada durante o dia entre outras.
            (Dica de música para ouvir: Everybody´s changing – Keane). Cleverson ainda cheirava o corpo de Alessandra. Aproximava-se do pescoço aos poucos. Aquilo era como se descarregássemos toda a nossa adrenalina na corrente sanguínea de uma só vez. A qualquer momento o pior aconteceria e teríamos o pesadelo da multiplicação com as duas irmãs vampiras. Ele seria capaz de cometer o ato maldoso e inescrupuloso mais uma vez?

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