Parte 04 – O convite


Parte 04 – O convite
“Aquele convite daria novos rumos a nossa história, e eu causaria mais danos na família Curitibana...”
-M
eu coração, quem nunca amou não merece ser amado!-eu disse á Alessandra. -Quem semeia vento colhe sempre tempestade, isso já dizia Vinícius!
-Eu sei, mas os meus pais estão preocupados com a mudança do aspecto da Soso!Ela parece um zumbi!Ontem eram cinco e meia da manhã e ela já estava pronta para ir ao cursinho, ou seja, ela nem dormiu!-ela me respondeu.
A mudança repentina de comportamento fez com que eu pensasse em parar de “fazer mal” a Soraya, eu era o motivo de sua aspereza e loucura. Descobri que a causa de tanto estresse eram os resultados dos vestibulares concorridos para o curso de medicina que ainda não haviam saído e que os pais dela queriam levar a minha neurologista á um psiquiatra e isso só a deixava mais ‘revoltada’.
-Eles não podem fazer isso, esse estresse não é loucura... Talvez uma terapia a ajude!-eu disse.
-E quem disse que ela está louca?Eles estão com medo de que tanta fúria se transforme em depressão!-me disse Alessandra. -Acho que você poderia nos ajudar, ela sempre confiou em você mais do que na própria família!
-Como?-perguntei assustado, mas me senti muito honrado em saber que alguém depositava confiança em mim mais do que eu mesmo.
-Venha á Curitiba!Quando entrará em férias?-ela me perguntou.
-Na próxima semana!Mas, eu não tenho onde ficar aí, além do que eu estou economizando para publicar o meu livro!-respondi tentando escapar.
-Não importa!Você ficará em casa... Há anos aquele quarto de hóspedes não recebe ninguém!-ela me disse.
-E os seus pais?Eles não vão gostar!-tentei fugir mais uma vez.
-Todos nós queremos o bem dela, e se quiser você poderá transferir o curso para uma faculdade daqui!-ela me disse.
Percebi que aquilo iria demorar mais do que eu pensava. Tentei escapar mais uma vez...
-Eu não ficarei por muito tempo!Meus amigos, minha família... -falei.
-Se você contar o motivo tenho certeza de que todos vão lhe entender,faça isso por mim e por ela!
Era loucura demais, ir á um lugar onde eu nem conhecia pessoalmente as pessoas, apenas conhecia os seus “íntimos” digitados diariamente na rede de computadores. E se tudo isso fosse mentira?Se eles fossem uma família de canibais?E se elas não fossem as garotas da foto?Poderia ser tudo um jogo de bandidos, mas bandidos ficariam quatro anos enrolando alguém?Não pude resistir à tentação de conhecer os bastidores, decidi ir viajar.
-Tem razão, vou contar á eles e no próximo sábado pegarei um avião para o Paraná!-respondi.
Contei o que acontecia e para a minha surpresa não tive interrogações e nem choros. Todos compreenderam que era uma boa ação, talvez uma “missão humanitária”, mas ninguém, nem eu mesmo sabíamos o perigo que me esperava no Paraná.
Comecei a fazer as minhas malas, coloquei quase todo o meu guarda-roupa em duas malas enormes que ficaram super pesadas. A maior parte do meu vestuário eram roupas de verão, mesmo que eu soubesse que Curitiba era considerada uma parte européia esquecida no Brasil. Não tinha tempo para complementar minhas roupas de inverno e afinal estávamos em pleno verão, impossível que fizesse frio no calor, deveria me preocupar com isso quando o inverno chegasse de fato.
Fiz as malas, e parei para pensar que aquela era a minha maior loucura que poderia cometer, e que esta poderia ser fatal. Eu não buscava esclarecimentos, buscava?Estava muito confuso em relação às quais atitudes teria de tomar. Soraya e Alessandra precisavam de mim e isso era tão “Super Nanny”. Uma precisava da minha presença, e a outra do meu carinho e conforto, mas eu não sabia diferenciar quem precisava do quê. Este seria um grande problema que me atormentava, e se o mais louco dessa história fosse eu?Cheguei ao aeroporto de Cumbica em Campinas, e logo embarquei.

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Parte 04 – O convite


Parte 04 – O convite
“Aquele convite daria novos rumos a nossa história, e eu causaria mais danos na família Curitibana...”
-M
eu coração, quem nunca amou não merece ser amado!-eu disse á Alessandra. -Quem semeia vento colhe sempre tempestade, isso já dizia Vinícius!
-Eu sei, mas os meus pais estão preocupados com a mudança do aspecto da Soso!Ela parece um zumbi!Ontem eram cinco e meia da manhã e ela já estava pronta para ir ao cursinho, ou seja, ela nem dormiu!-ela me respondeu.
A mudança repentina de comportamento fez com que eu pensasse em parar de “fazer mal” a Soraya, eu era o motivo de sua aspereza e loucura. Descobri que a causa de tanto estresse eram os resultados dos vestibulares concorridos para o curso de medicina que ainda não haviam saído e que os pais dela queriam levar a minha neurologista á um psiquiatra e isso só a deixava mais ‘revoltada’.
-Eles não podem fazer isso, esse estresse não é loucura... Talvez uma terapia a ajude!-eu disse.
-E quem disse que ela está louca?Eles estão com medo de que tanta fúria se transforme em depressão!-me disse Alessandra. -Acho que você poderia nos ajudar, ela sempre confiou em você mais do que na própria família!
-Como?-perguntei assustado, mas me senti muito honrado em saber que alguém depositava confiança em mim mais do que eu mesmo.
-Venha á Curitiba!Quando entrará em férias?-ela me perguntou.
-Na próxima semana!Mas, eu não tenho onde ficar aí, além do que eu estou economizando para publicar o meu livro!-respondi tentando escapar.
-Não importa!Você ficará em casa... Há anos aquele quarto de hóspedes não recebe ninguém!-ela me disse.
-E os seus pais?Eles não vão gostar!-tentei fugir mais uma vez.
-Todos nós queremos o bem dela, e se quiser você poderá transferir o curso para uma faculdade daqui!-ela me disse.
Percebi que aquilo iria demorar mais do que eu pensava. Tentei escapar mais uma vez...
-Eu não ficarei por muito tempo!Meus amigos, minha família... -falei.
-Se você contar o motivo tenho certeza de que todos vão lhe entender,faça isso por mim e por ela!
Era loucura demais, ir á um lugar onde eu nem conhecia pessoalmente as pessoas, apenas conhecia os seus “íntimos” digitados diariamente na rede de computadores. E se tudo isso fosse mentira?Se eles fossem uma família de canibais?E se elas não fossem as garotas da foto?Poderia ser tudo um jogo de bandidos, mas bandidos ficariam quatro anos enrolando alguém?Não pude resistir à tentação de conhecer os bastidores, decidi ir viajar.
-Tem razão, vou contar á eles e no próximo sábado pegarei um avião para o Paraná!-respondi.
Contei o que acontecia e para a minha surpresa não tive interrogações e nem choros. Todos compreenderam que era uma boa ação, talvez uma “missão humanitária”, mas ninguém, nem eu mesmo sabíamos o perigo que me esperava no Paraná.
Comecei a fazer as minhas malas, coloquei quase todo o meu guarda-roupa em duas malas enormes que ficaram super pesadas. A maior parte do meu vestuário eram roupas de verão, mesmo que eu soubesse que Curitiba era considerada uma parte européia esquecida no Brasil. Não tinha tempo para complementar minhas roupas de inverno e afinal estávamos em pleno verão, impossível que fizesse frio no calor, deveria me preocupar com isso quando o inverno chegasse de fato.
Fiz as malas, e parei para pensar que aquela era a minha maior loucura que poderia cometer, e que esta poderia ser fatal. Eu não buscava esclarecimentos, buscava?Estava muito confuso em relação às quais atitudes teria de tomar. Soraya e Alessandra precisavam de mim e isso era tão “Super Nanny”. Uma precisava da minha presença, e a outra do meu carinho e conforto, mas eu não sabia diferenciar quem precisava do quê. Este seria um grande problema que me atormentava, e se o mais louco dessa história fosse eu?Cheguei ao aeroporto de Cumbica em Campinas, e logo embarquei.

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