Parte 05 – A chegada


Parte 05 – A chegada
“Curitiba me aguardava como se eu pudesse renovar o ambiente, talvez eu fosse mesmo o ‘Salvador da pátria’”.
 “P
or que eu não consigo dormir, quando eu penso em você? Por que eu não consigo agir quando falo sobre você?”.(Why Can´t I?).Estas eram algumas das dúvidas que pairavam sobre a minha cabeça durante o vôo.Tentei me concentrar,mas a ansiedade me matava aos poucos,sempre fui muito ansioso,mas parecia que a minha alma não era contida pelo meu corpo,todas as emoções queriam ser extravasadas.
Finalmente, consegui liberá-las quando desembarquei em Curitiba, puxava uma mala com rodinhas e segurava outra, observava as pessoas, mas obviamente não conhecia ninguém, nada era familiar, fiquei aflito. ”I´ve had the time of my life” era a música que eu ouvia tocar na rádio do aeroporto e na minha cabeça incluía as cenas de Dirty Dancing que se alternavam com as cenas imaginárias de Mia e Diego.
-É ele! – ouvi um grito no meio da multidão.
Olhei ao meu redor, fiquei vermelho e já começava a me preocupar. Eu nunca fui corajoso, daqueles que bancam o herói para impressionar os outros, sempre fui o tímido, medroso e ansioso. Percebi o rosto de Alessandra entre a multidão, nervoso pisei no meu próprio pé, sujando a “biqueira” do meu All Star Player Speciality, o que me deixou irritado.
Alessandra pegou a minha bagagem de mão, nos beijamos e ela me abraçou tão forte que parecia a história da rã em dia de chuva. Segundo essa história, a rã pode ficar grudada em uma pessoa por um longo tempo, e só sai se chove algo do tipo, acho que não era a rã e sim a perereca, mas isso não faz diferença, o fato era que as minhas costelas doíam. Eu estava um pouco constrangido e confuso. Logo,que nossos lábios se separaram, pude perceber a garota da foto, vindo em minha direção segurando um sorvete.
-Wendryck, estou tão feliz em te ver!-disse Alessandra, me abraçando e liberando a última quantidade de ar em meus pulmões.
-Eu também!-tentei retribuir o abraço apertado, mas além de quase encobri-la, a presença de Soraya me incomodava a cada passo que ela dava.
-Então, o meu médico chegou?-perguntou Soraya com ironia em suas palavras. -Eu não sei de onde vocês tiraram que esse “quatro olhos” aí fosse a cura do que chamam de estresse e eu não preciso de ninguém, nem de amigos,família,nada pois quem vai passar na universidade sou eu e sozinha!
-Ele veio para o seu bem, Soraya!E não faça vexame no aeroporto que todos já estão nos olhando, e se fizer showzinho vou pedir para que o papai lhe interne no hospício!-alertou Alessandra, lançando um olhar furioso á irmã.
-Danem-se todos!E você... - apontou o dedo indicador na minha direção-Não se aproxime de mim, ouviu?Você sabe muito bem e mais do que ninguém que eu sou perigosa, só não imagina a proporção da minha periculosidade!-disse Soraya, dando uma leve mordida no sorvete.
-E você não conta com a proporção da minha astúcia, mas pode deixar!-respondi seguramente, mas internamente não me sentia nada confortável com aquela situação e só de imaginar o que viria por aí, me desanimava.
“Hasta que me conociste” tocava agora no aeroporto, talvez a música ideal para esse encontro fosse “Linger”, mas de acordo com a música da Anahí eu discordava se valeu a pena encontrá-la e sofrer por ela.
Caminhei rapidamente em direção ao estacionamento, Ale me contava todos os lugares bons para ir passear em Curitiba. Soraya se deliciava com seu sorvete de groselha, pelo que parecia ser como se fosse uma criança em pleno domingo no parque de diversões. Ela era mais bonita com atitudes tolas do que quando abria a boca, poderia permanecer quieta e com feição ingênua para sempre, não podia?Entramos no Fox vermelho vibrante, as portas foram trancadas e o ar condicionado ligado, apesar de que não fazia tanto calor, mas para quem estava acostumado a viver no frio intenso, um breve raio de sol poderia torrar os “miolos”.

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Parte 05 – A chegada


Parte 05 – A chegada
“Curitiba me aguardava como se eu pudesse renovar o ambiente, talvez eu fosse mesmo o ‘Salvador da pátria’”.
 “P
or que eu não consigo dormir, quando eu penso em você? Por que eu não consigo agir quando falo sobre você?”.(Why Can´t I?).Estas eram algumas das dúvidas que pairavam sobre a minha cabeça durante o vôo.Tentei me concentrar,mas a ansiedade me matava aos poucos,sempre fui muito ansioso,mas parecia que a minha alma não era contida pelo meu corpo,todas as emoções queriam ser extravasadas.
Finalmente, consegui liberá-las quando desembarquei em Curitiba, puxava uma mala com rodinhas e segurava outra, observava as pessoas, mas obviamente não conhecia ninguém, nada era familiar, fiquei aflito. ”I´ve had the time of my life” era a música que eu ouvia tocar na rádio do aeroporto e na minha cabeça incluía as cenas de Dirty Dancing que se alternavam com as cenas imaginárias de Mia e Diego.
-É ele! – ouvi um grito no meio da multidão.
Olhei ao meu redor, fiquei vermelho e já começava a me preocupar. Eu nunca fui corajoso, daqueles que bancam o herói para impressionar os outros, sempre fui o tímido, medroso e ansioso. Percebi o rosto de Alessandra entre a multidão, nervoso pisei no meu próprio pé, sujando a “biqueira” do meu All Star Player Speciality, o que me deixou irritado.
Alessandra pegou a minha bagagem de mão, nos beijamos e ela me abraçou tão forte que parecia a história da rã em dia de chuva. Segundo essa história, a rã pode ficar grudada em uma pessoa por um longo tempo, e só sai se chove algo do tipo, acho que não era a rã e sim a perereca, mas isso não faz diferença, o fato era que as minhas costelas doíam. Eu estava um pouco constrangido e confuso. Logo,que nossos lábios se separaram, pude perceber a garota da foto, vindo em minha direção segurando um sorvete.
-Wendryck, estou tão feliz em te ver!-disse Alessandra, me abraçando e liberando a última quantidade de ar em meus pulmões.
-Eu também!-tentei retribuir o abraço apertado, mas além de quase encobri-la, a presença de Soraya me incomodava a cada passo que ela dava.
-Então, o meu médico chegou?-perguntou Soraya com ironia em suas palavras. -Eu não sei de onde vocês tiraram que esse “quatro olhos” aí fosse a cura do que chamam de estresse e eu não preciso de ninguém, nem de amigos,família,nada pois quem vai passar na universidade sou eu e sozinha!
-Ele veio para o seu bem, Soraya!E não faça vexame no aeroporto que todos já estão nos olhando, e se fizer showzinho vou pedir para que o papai lhe interne no hospício!-alertou Alessandra, lançando um olhar furioso á irmã.
-Danem-se todos!E você... - apontou o dedo indicador na minha direção-Não se aproxime de mim, ouviu?Você sabe muito bem e mais do que ninguém que eu sou perigosa, só não imagina a proporção da minha periculosidade!-disse Soraya, dando uma leve mordida no sorvete.
-E você não conta com a proporção da minha astúcia, mas pode deixar!-respondi seguramente, mas internamente não me sentia nada confortável com aquela situação e só de imaginar o que viria por aí, me desanimava.
“Hasta que me conociste” tocava agora no aeroporto, talvez a música ideal para esse encontro fosse “Linger”, mas de acordo com a música da Anahí eu discordava se valeu a pena encontrá-la e sofrer por ela.
Caminhei rapidamente em direção ao estacionamento, Ale me contava todos os lugares bons para ir passear em Curitiba. Soraya se deliciava com seu sorvete de groselha, pelo que parecia ser como se fosse uma criança em pleno domingo no parque de diversões. Ela era mais bonita com atitudes tolas do que quando abria a boca, poderia permanecer quieta e com feição ingênua para sempre, não podia?Entramos no Fox vermelho vibrante, as portas foram trancadas e o ar condicionado ligado, apesar de que não fazia tanto calor, mas para quem estava acostumado a viver no frio intenso, um breve raio de sol poderia torrar os “miolos”.

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