Parte 06 – Um Recomeço


Parte 06 – Um Recomeço
“Aos poucos fui conhecendo o ambiente que me abrigaria nestas férias, o território do inimigo?”
S
oraya ligou o carro, e entrei com as minhas bagagens no banco traseiro, eu não sabia que ela já dirigia, foi uma surpresa vê-la ao volante. Ela ligou a rádio e pediu para que colocássemos os cintos. Tudo era novidade para mim. Soso como ela gostava de ser chamada deu uma gargalhada e partiu com o carro em uma velocidade razoável.
No rádio tocava a música “Alala” do grupo Cansei de ser sexy. Ale cantava e pelo retrovisor eu encarava aqueles olhos verdes vívidos, eles ainda estavam verdes. Soraya percebeu que eu a observava e me lançou um olhar maléfico, erguendo uma das sobrancelhas castanhas, meu corpo estremeceu.
Durante o trajeto ninguém disse uma sílaba se quer. Curitiba era verde, com muitas árvores, praças e ônibus, além da linha férrea que cortava a cidade. Eu pensava em mil coisas ao mesmo tempo. Fechei os olhos.
Quando os abri, já estávamos chegando à garagem da casa delas. Ale dava tapinhas na minha cabeça, enquanto Soraya saía do carro batendo a porta com força.
-Dormiu? –perguntou Alessandra.
-Não!Apenas relaxei, essa viagem foi um pouco cansativa!-respondi, arrumando minha roupa.
-Ao ponto de dormir, certo? –ela perguntou dando gargalhadas.
-Digamos que sim! –respondi, tentando encerrar o assunto.
-Vai querer dormir no carro?Saia!Quero lhe apresentar os meus pais!- ela disse, arrumando os longos cabelos pretos e lisos.
-Claro que não vou dormir aqui, só estou aqui porque você está aqui!-eu disse.
-E eu só estou aqui porque você está aí, Dryck vamos sair!Venha!-ela disse me puxando.
Peguei as minhas malas e fechei o carro. Alessandra me conduziu até a sala onde o senhor e a senhora Priesly me aguardavam. Ele segurava um jornal enquanto ela arrumava o cabelo cacheado.
Senhora Priesly tinha os cabelos castanhos claro, uma aparência agradável e alegre, já o seu esposo era grisalho e tinhas olhos claros como os de Soraya, assim como a filha de olhos vívidos ele se mostrava descontente com a minha presença na casa deles. Cumprimentei-os e contei como foi a viagem. Miranda me fazia muitas perguntas e eu tentava respondê-las.
Ale me mostrou o quarto onde eu iria ficar. Era azul com cortinas de cetim num tom mais forte do que as paredes havia uma cama de casal e um enorme guarda-roupa de mogno, ainda havia uma escrivaninha com uma luminária. Achei espaçoso e confortável e Alessandra me disse:
-Mas, quando sentir saudade, corra para o meu quarto ao lado, hein?- e deu uma risada semelhante aquelas gueixas em filmes de ação.
-Pode deixar! O quarto da frente é o dos seus pais?-perguntei enquanto olhava a faixa amarela na porta do quarto vizinho.
-Claro que não!Olha a faixa escrita “não ultrapasse”!É o da Soraya, e ela já me xingou um monte, por ter que olhar para a sua cara logo pela manhã!Descanse bastante que á noite quero te levar na Medusa!
-Ela não precisa ver a minha cara se a porta estiver fechada!O que é isso, Medusa? –perguntei.
-Uma das casas noturnas mais badaladas do Paraná, e é claro que a Soraya levará a gente, mas ela não se importará porque a amiga dela, a Sabry está aqui em Curitiba nessas férias!-ela me disse batendo as unhas na escrivaninha, me fazendo arrepiar com o barulho.
-Aquela garota do RPG?-perguntei me lembrando que a garota que jogava como Vick Paz se chamava Sabry e ela e Soso eram como “unha e carne”, mas se Alessandra não parasse de arranhar o móvel, iríamos brigar.
-Sim! Apesar de todas as atitudes estranhas dela, não perderia a oportunidade de se divertir e conversar com a Sabry!Agora descanse e nos veremos mais tarde!Beijos, bebê! –ela me deu um “selinho” e saiu saltitando pelo corredor.
-Tchau!- eu disse fechando a porta.

3 comentários:

Bru disse...

EU AMEI! Sério, que orgulho hahahaha..
Parabens :)

Anônimo disse...

e a parte 7 ?

Jefferson Reis disse...

Se eu fosse você nem teria ido nesta viagem.

Postar um comentário

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Parte 06 – Um Recomeço


Parte 06 – Um Recomeço
“Aos poucos fui conhecendo o ambiente que me abrigaria nestas férias, o território do inimigo?”
S
oraya ligou o carro, e entrei com as minhas bagagens no banco traseiro, eu não sabia que ela já dirigia, foi uma surpresa vê-la ao volante. Ela ligou a rádio e pediu para que colocássemos os cintos. Tudo era novidade para mim. Soso como ela gostava de ser chamada deu uma gargalhada e partiu com o carro em uma velocidade razoável.
No rádio tocava a música “Alala” do grupo Cansei de ser sexy. Ale cantava e pelo retrovisor eu encarava aqueles olhos verdes vívidos, eles ainda estavam verdes. Soraya percebeu que eu a observava e me lançou um olhar maléfico, erguendo uma das sobrancelhas castanhas, meu corpo estremeceu.
Durante o trajeto ninguém disse uma sílaba se quer. Curitiba era verde, com muitas árvores, praças e ônibus, além da linha férrea que cortava a cidade. Eu pensava em mil coisas ao mesmo tempo. Fechei os olhos.
Quando os abri, já estávamos chegando à garagem da casa delas. Ale dava tapinhas na minha cabeça, enquanto Soraya saía do carro batendo a porta com força.
-Dormiu? –perguntou Alessandra.
-Não!Apenas relaxei, essa viagem foi um pouco cansativa!-respondi, arrumando minha roupa.
-Ao ponto de dormir, certo? –ela perguntou dando gargalhadas.
-Digamos que sim! –respondi, tentando encerrar o assunto.
-Vai querer dormir no carro?Saia!Quero lhe apresentar os meus pais!- ela disse, arrumando os longos cabelos pretos e lisos.
-Claro que não vou dormir aqui, só estou aqui porque você está aqui!-eu disse.
-E eu só estou aqui porque você está aí, Dryck vamos sair!Venha!-ela disse me puxando.
Peguei as minhas malas e fechei o carro. Alessandra me conduziu até a sala onde o senhor e a senhora Priesly me aguardavam. Ele segurava um jornal enquanto ela arrumava o cabelo cacheado.
Senhora Priesly tinha os cabelos castanhos claro, uma aparência agradável e alegre, já o seu esposo era grisalho e tinhas olhos claros como os de Soraya, assim como a filha de olhos vívidos ele se mostrava descontente com a minha presença na casa deles. Cumprimentei-os e contei como foi a viagem. Miranda me fazia muitas perguntas e eu tentava respondê-las.
Ale me mostrou o quarto onde eu iria ficar. Era azul com cortinas de cetim num tom mais forte do que as paredes havia uma cama de casal e um enorme guarda-roupa de mogno, ainda havia uma escrivaninha com uma luminária. Achei espaçoso e confortável e Alessandra me disse:
-Mas, quando sentir saudade, corra para o meu quarto ao lado, hein?- e deu uma risada semelhante aquelas gueixas em filmes de ação.
-Pode deixar! O quarto da frente é o dos seus pais?-perguntei enquanto olhava a faixa amarela na porta do quarto vizinho.
-Claro que não!Olha a faixa escrita “não ultrapasse”!É o da Soraya, e ela já me xingou um monte, por ter que olhar para a sua cara logo pela manhã!Descanse bastante que á noite quero te levar na Medusa!
-Ela não precisa ver a minha cara se a porta estiver fechada!O que é isso, Medusa? –perguntei.
-Uma das casas noturnas mais badaladas do Paraná, e é claro que a Soraya levará a gente, mas ela não se importará porque a amiga dela, a Sabry está aqui em Curitiba nessas férias!-ela me disse batendo as unhas na escrivaninha, me fazendo arrepiar com o barulho.
-Aquela garota do RPG?-perguntei me lembrando que a garota que jogava como Vick Paz se chamava Sabry e ela e Soso eram como “unha e carne”, mas se Alessandra não parasse de arranhar o móvel, iríamos brigar.
-Sim! Apesar de todas as atitudes estranhas dela, não perderia a oportunidade de se divertir e conversar com a Sabry!Agora descanse e nos veremos mais tarde!Beijos, bebê! –ela me deu um “selinho” e saiu saltitando pelo corredor.
-Tchau!- eu disse fechando a porta.

3 comentários:

Conversación


GIRLSPT.COM - Cursores Animados
g
Wendryck Wonka,webnovelista & designer. Tecnologia do Blogger.