Parte 11 – Confissões


Parte 11 – Confissões
“Ela me falou tudo o que eu queria ouvir, mas eu não esperava que me envolvesse em uma louca história”.

   -Quer me dizer que ainda me ama? –perguntei já sabendo qual era a resposta.

            -Não é isso... Quer dizer não é só isso... Pelo visto você soube que eu estive com o Cle nesses tempos atrás!-ela me disse gaguejando.

            -Por favor, não me diga que o tal do Cleverson te engravidou!Aquele “filho do esperto”... O que tem a ver?-perguntei.

            -Ele me mentiu... No início disse que me amava...

            -Está fazendo tradução da música da Anahí?Isso não é válido!-enquanto eu falava, ela ligou o rádio e obviamente naquele cd era dos Cranberries e a música era “Will you Remember”.

            -Não!Sinta a minha pele, está congelada!-ela pegou as minhas mãos e colocou-as em seu rosto. Foi a impressão de estar tomando um choque. Sua pele era macia e aveludada, porém, parecia um freezer.

            -E qual é a relação da sua pele com o tal “filho do esperto”? –perguntei.

            -Quando eu o encontrei na praça naquela noite, ele parecia estranho, usava um sobretudo preto, aquela aera uma noite abafada e eu não entendi!

            -Pare de me enrolar, e me diga de uma vez a verdade que está me escondendo! –eu disse com raiva de tanta embromação.  

            -Eu sou... Eu estou... Sou uma vampira! –me confessou.

            Supostamente seria uma piada para qualquer um que ouvisse isso logo pela manhã. Na cama com uma vampira? Que coisa mais cinematográfica, vampiros brasileiros, a nova sensação do verão de quarenta graus.

            -Sei que essa onda de vampiros voltou com esse lance de “Crepúsculo”, mas chega a ser inacreditável, me desculpe! –Eu respondi em deboche.

            -Ele demorou muito tempo para marcar o nosso encontro... Porque ele não queria me ver...

            -Eu sempre soube que ele era um fraco, ou melhor, que se quer existia... Mas, ser um vampiro é demais para a minha imaginação fértil!

            -Lembra a história da garotinha Raquel que foi encontrada em uma mala na rodoviária aqui em Curitiba em 2008?

            -Claro, aquela história que está sem solução até hoje!Nós conversamos uma vez sobre isso até que eu mandei você se cuidar!-eu disse.

            -Foi ele quem a matou!

            -Meu Deus!Quem inventou os vampiros, certamente não foi Deus!Como funciona esse negócio de ser vampiro? –perguntei curioso.

            -No dia do nosso encontro, ele me modificou com uma mordida, fiquei em péssimo estado, tanto que apareci aqui em casa uma semana após aprender tudo. Aos poucos eu fui me transformando nesse monstro, primeiro veio a agressividade, depois a agilidade e agora parece que cheguei ao estágio final onde tudo fica evidente e translúcido pelos meus olhos e minha pele!

            Assustei-me com o que ela disse, e até me esquivei um pouco. Eu não tinha nenhum dente de alho, ou estaca de madeira, pelo menos não teria que usar uma bala de prata, já que ela não era uma “lobimulher”, se isso existisse.

            -Estou perdendo o controle das minhas ações, me aproximar de qualquer um é um tormento, por isso me tranco no quarto para estudar, o cheiro de sangue correndo nas veias de todos que me cercam, o calor da pele... Quase que eu te mordi ontem na festa!

            -E onde o pilantra do Cleverson está?Você sabe como ele se transformou em um?

            -Antes de entrar no RPG, ele investigou toda a minha vida, eu seria apenas mais uma vítima que ele conhecera pela internet!Mas, ele se apaixonou por mim e tivemos aquele namoro que apesar de sermos da mesma cidade nunca passou do campo virtual!Então, ele decidiu que ao invés de me matar, eu era merecedora de uma transformação!Eu não sei onde ele está!

            -E onde eu entro nessa sua história sobrenatural?

            -Ele está decidido a te matar, já descobriu que você está aqui em Curitiba... eu li no Twitter dele!

            -HAHA...Vampiros que “twittam”...viva a modernidade!-dei uma risada forçada, mas estava com um pouco de medo.Seria tudo verdade, ou não passava de uma “pegadinha”?


1 comentários:

Bru disse...

Sério, voce é bom nisso. hahahahahaha =)
Ah! Eu também sou uma vampira, risos.

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domingo, 25 de julho de 2010

Parte 11 – Confissões


Parte 11 – Confissões
“Ela me falou tudo o que eu queria ouvir, mas eu não esperava que me envolvesse em uma louca história”.

   -Quer me dizer que ainda me ama? –perguntei já sabendo qual era a resposta.

            -Não é isso... Quer dizer não é só isso... Pelo visto você soube que eu estive com o Cle nesses tempos atrás!-ela me disse gaguejando.

            -Por favor, não me diga que o tal do Cleverson te engravidou!Aquele “filho do esperto”... O que tem a ver?-perguntei.

            -Ele me mentiu... No início disse que me amava...

            -Está fazendo tradução da música da Anahí?Isso não é válido!-enquanto eu falava, ela ligou o rádio e obviamente naquele cd era dos Cranberries e a música era “Will you Remember”.

            -Não!Sinta a minha pele, está congelada!-ela pegou as minhas mãos e colocou-as em seu rosto. Foi a impressão de estar tomando um choque. Sua pele era macia e aveludada, porém, parecia um freezer.

            -E qual é a relação da sua pele com o tal “filho do esperto”? –perguntei.

            -Quando eu o encontrei na praça naquela noite, ele parecia estranho, usava um sobretudo preto, aquela aera uma noite abafada e eu não entendi!

            -Pare de me enrolar, e me diga de uma vez a verdade que está me escondendo! –eu disse com raiva de tanta embromação.  

            -Eu sou... Eu estou... Sou uma vampira! –me confessou.

            Supostamente seria uma piada para qualquer um que ouvisse isso logo pela manhã. Na cama com uma vampira? Que coisa mais cinematográfica, vampiros brasileiros, a nova sensação do verão de quarenta graus.

            -Sei que essa onda de vampiros voltou com esse lance de “Crepúsculo”, mas chega a ser inacreditável, me desculpe! –Eu respondi em deboche.

            -Ele demorou muito tempo para marcar o nosso encontro... Porque ele não queria me ver...

            -Eu sempre soube que ele era um fraco, ou melhor, que se quer existia... Mas, ser um vampiro é demais para a minha imaginação fértil!

            -Lembra a história da garotinha Raquel que foi encontrada em uma mala na rodoviária aqui em Curitiba em 2008?

            -Claro, aquela história que está sem solução até hoje!Nós conversamos uma vez sobre isso até que eu mandei você se cuidar!-eu disse.

            -Foi ele quem a matou!

            -Meu Deus!Quem inventou os vampiros, certamente não foi Deus!Como funciona esse negócio de ser vampiro? –perguntei curioso.

            -No dia do nosso encontro, ele me modificou com uma mordida, fiquei em péssimo estado, tanto que apareci aqui em casa uma semana após aprender tudo. Aos poucos eu fui me transformando nesse monstro, primeiro veio a agressividade, depois a agilidade e agora parece que cheguei ao estágio final onde tudo fica evidente e translúcido pelos meus olhos e minha pele!

            Assustei-me com o que ela disse, e até me esquivei um pouco. Eu não tinha nenhum dente de alho, ou estaca de madeira, pelo menos não teria que usar uma bala de prata, já que ela não era uma “lobimulher”, se isso existisse.

            -Estou perdendo o controle das minhas ações, me aproximar de qualquer um é um tormento, por isso me tranco no quarto para estudar, o cheiro de sangue correndo nas veias de todos que me cercam, o calor da pele... Quase que eu te mordi ontem na festa!

            -E onde o pilantra do Cleverson está?Você sabe como ele se transformou em um?

            -Antes de entrar no RPG, ele investigou toda a minha vida, eu seria apenas mais uma vítima que ele conhecera pela internet!Mas, ele se apaixonou por mim e tivemos aquele namoro que apesar de sermos da mesma cidade nunca passou do campo virtual!Então, ele decidiu que ao invés de me matar, eu era merecedora de uma transformação!Eu não sei onde ele está!

            -E onde eu entro nessa sua história sobrenatural?

            -Ele está decidido a te matar, já descobriu que você está aqui em Curitiba... eu li no Twitter dele!

            -HAHA...Vampiros que “twittam”...viva a modernidade!-dei uma risada forçada, mas estava com um pouco de medo.Seria tudo verdade, ou não passava de uma “pegadinha”?


Um comentário:

  1. Sério, voce é bom nisso. hahahahahaha =)
    Ah! Eu também sou uma vampira, risos.

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